O brasileiro João Fonseca, de 18 anos, chamou a atenção do mundo do tênis ao vencer, no domingo (22/12), o Next Gen Finals, torneio disputado pelos oito melhores tenistas da temporada com até 20 anos.
Ele é apenas o terceiro jogador a vencer a competição aos 18 anos —os dois primeiros foram o italiano e atual número um do ranking, Jannik Sinner, em 2019, e o espanhol e terceiro do mundo, Carlos Alcaraz, em 2021.
Outros passos repetidos por João Fonseca ao número 1 do mundo é que ambos conquistaram o Lexington Challenger com essa idade. Mais um feito semelhante entre o brasileiro e Sinner é que ambos conquistaram a primeira grande vitória no tênis profissional em casa – Masters 1000 em Roma para o italiano e ATP 500 no Rio para João.
Expectativa em torno do brasileiro
Já apontado como grande promessa do tênis brasileiro, João vê as comparações com os dois europeus como uma “pressão boa” e diz querer igualar ou superar tudo aquilo que eles já conquistaram ou ainda vão alcançar.
“Estou ansioso para jogar contra eles e espero poder disputar grandes partidas em Grand Slams”, disse à ATP (Associação dos Tenistas Profissionais).
Fora do top 700 do ranking no início da temporada, o carioca terminará o ano como número 145 após ter chegado às quartas de final do Rio Open e do ATP 250 de Bucareste, na Romênia, e vencer o Challenger de Lexington, nos Estados Unidos.
Na final do Next Gen, disputado em Jeddah, na Arábia Saudita, ele encarou o americano Learner Tien, 19, que chegou a vencer o primeiro set.
O brasileiro virou a partida após um segundo set tenso, definido no tie-break, e um terceiro set mais fácil, com duas quebras de saque a favor. O quarto e último set foi mais equilibrado, mas João soube aproveitar melhor as chances. Resultado final: 3 a 1 para o carioca (parciais 2/4, 4/3, 4/0 e 4/2).
“Eu gosto de jogar partidas difíceis em estádios grandes. Amo a pressão”, afirmou.
João Fonseca parabenizado e tietado
Pelo título, ele recebeu os parabéns de referências do tênis, como Rafael Nadal e Iga Swiatek, atual número 2 do mundo.
“É incrível como eu tenho melhorado física e mentalmente. Estou orgulhoso de mim mesmo, mas claro que quero mais. Meu sonho é me tornar número um.”
Fã de Bia Haddad Maia, o tenista ainda está se acostumando a ser parado por crianças lhe pedindo autógrafos. “Três anos atrás era eu quem fazia isso”, contou.
Seu objetivo imediato é comemorar a conquista com a família. Ainda em 2024, ele disputará o Challenger de Camberra, na Austrália, e, no início de 2025, o qualificatório para o Aberto da Austrália, em Melbourne.