21/12/2024
11:56

Atlético priorizará ataque no mercado após saídas e provável venda de Paulinho

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Atlético priorizará ataque no mercado após saídas e provável venda de Paulinho (Sérgio Coelho (presidente), Pedro Henrique Moreira (gerente de futebol), Victor Bagy (diretor de futebol) e Rodrigo Weber (coordenador de mercado) do Atlético durante treino na Cidade do Galo (28/4))

Com perdas de distintos graus de importância no setor, o Atlético deve ter jogadores de ataque como busca prioritária no mercado da bola neste período entre temporadas. Ainda sem o anúncio de um novo treinador, o clube mineiro terá de agilizar a atuação nos bastidores para sacramentar as chegadas de novos nomes.

Nesta semana, o Galo confirmou as saídas dos experientes Eduardo Vargas e Alan Kardec – ambos aos 35 anos. A dupla era opção no banco de reservas do Atlético e, mesmo que em diferentes proporções, teve passagem abaixo das expectativas da torcida pelo clube.

Outra saída iminente é a de Paulinho, que diferentemente de Vargas e Kardec, ostenta status de figura crucial na equipe alvinegra. O camisa 10 tem negociações avançadas para defender o Palmeiras, em transação que deve ser fechada por 18 milhões de euros – cerca de R$ 114 milhões na cotação atual.

Se concretizar a saída de Paulinho, o Atlético passará a ter apenas Hulk, Deyverson e os jovens Brahian Palacios, de 22 anos, e Alisson Santana, de 19 anos, como opções de ataque. Outro jovem do elenco, o atacante Cadu, de 20 anos, se recupera de grave lesão no joelho direito desde 5 de outubro e deve perder os primeiros meses da temporada.

Atlético já buscava nome para a posição antes de saídas

Em 8 de dezembro, após o fim da Série A do Campeonato Brasileiro, o diretor de futebol Victor Bagy já havia reconhecido em entrevista a carência de um jogador de ataque que atuasse pelo lado esquerdo do campo. É possível dizer, portanto, que o Atlético já monitora opções para a função há algum tempo – especialmente por meio do CIGA (Centro de Informação do Galo).

“É uma busca sim que nós temos, mas não é que nós não tenhamos. Temos dois jovens, Alisson e Brahian, que não conseguiram ter uma sequência para que fossem postulantes à titularidade. O Alisson mais avançado, sempre que entrou teve boas situações. Sofreu um pouquinho fisicamente em termos de lesões, mas é um jogador que temos uma expectativa muito grande. O próprio Brahian, no primeiro ano no Brasil, evoluiu muito fisicamente. Vem evoluindo taticamente, que é um ponto que ele precisa trabalhar bem”, analisou Victor.

Victor, diretor de futebol do Atlético - (foto: Samuel Resende/No Ataque)

Victor falou da continuidade de Milito no Atlético(foto: Samuel Resende/No Ataque)

O ídolo do Atlético, de toda forma, apontou a importância de que a procura seja por atletas que cheguem com condições de titularidade em 2025. Nos bastidores, o clube adota absoluto sigilo para tentar evitar vazamento de informações relacionadas a negociações.

“Mas sim (estamos em busca). Isso no futebol mundial são jogadores mais decisivos, que têm esse perfil invertido, que trazem para dentro para fazer o arremate ou esse cruzamento. Estamos em busca de perfis assim também. (…) É identificar as carências, sermos assertivos e qualificar. O importante é qualificar, não trazer somente para compor ou dar satisfação para torcedor e imprensa, mas trazer jogadores que possam trabalhar dentro de um núcleo de rotação, que possam ser titulares e sempre manter o nível competitivo e performático da equipe”, projetou o dirigente.

“Orçamento duro” pode dificultar ação do Atlético

A realidade alvinegra, no entanto, deve seguir sendo de limitações para investimentos no mercado. Mesmo com expectativas de premiação por desempenho esportivo e bilheteria superadas em 2024, Rafael Menin, um dos empresários mais atuantes na Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Atlético, previu “orçamento duro” para 2025 caso o clube ficasse de fora da Copa Libertadores.

“E é claro que a gente trabalha com dois cenários. Um cenário, caso a gente tenha sucesso no jogo (final da Libertadores), a gente tem um pouco mais de folga. E um cenário no qual a gente – tomara que não aconteça – não tenha sucesso. Aí é um ano um pouco mais duro, porque dificilmente vai ter Libertadores. Então, a gente passa a ter um orçamento um pouco mais difícil, mas já está sendo planejado”, disse o executivo em entrevista ao ge, antes da final do prinicipal torneio do continente, em 30 de novembro.

O cenário deve exigir criatividade por parte do departamento de futebol do Galo, já que os atacantes “de peso” são, naturalmente, atletas mais caros no mercado de transferências. As declarações de Rafael Menin, ao menos em um primeiro momento, dão a entender que a diretoria não pretende fazer grandes aportes para contratações.

A tendência, de toda maneira, é que ao menos dois nomes sejam anunciados pelo Atlético como opções para o setor caso a saída de Paulinho se concretize. As escolhas também passam, é claro, pela definição de um novo treinador para a próxima temporada.

A notícia Atlético priorizará ataque no mercado após saídas e provável venda de Paulinho foi publicada primeiro no No Ataque por Lucas Bretas

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