Um grupo de torcedores do Atlético se reuniu em frente à sede do clube, no bairro Lourdes, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, na noite desta sexta-feira (6/12). O protesto foi realizado contra a Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Galo, formada por Rubens Menin, Rafael Menin, Ricardo Guimarães, Renato Salvador e Daniel Vorcaro.
A ação ocorreu, principalmente, devido à insatisfação da torcida em relação à adminstração do clube, a compra da SAF e como os investimentos são feitos Na temporada de 2024, além dos vice-campeonatos da Copa do Brasil, nas derrotas para o Flamengo, em 10 de novembro, e da Copa Libertadores, no revés para o Botafogo, em 30 de novembro, o Galo entra na última rodada do Brasileiro com risco de queda à Série B – veja a situação no fim da matéria.
A manifestação de alguns torcedores do Atlético contou com aproximadamente 80 pessoas após apenas ter movimentações nas redes sociais, sem a presença de torcidas organizadas – a Galoucura havia marcado protesto para o sábado (7/12), mas desmarcou na noite desta sexta-feira (6/12).
O No Ataque acompanhou o protesto em frente à sede do Atlético. Veja o vídeo acima de como estava a manifestação e as fotos do protesto abaixo.
Torcedores protestaram em frente à sede do AtléticoFoto: Samuel Resende / No Ataque
Torcedores protestaram em frente à sede do AtléticoFoto: Samuel Resende / No Ataque
Torcedores protestaram em frente à sede do Atlético
Torcedores protestaram em frente à sede do AtléticoFoto: Samuel Resende / No Ataque
Torcedores protestaram em frente à sede do AtléticoFoto: Samuel Resende / No Ataque
Torcedores protestaram em frente à sede do AtléticoFoto: Samuel Resende / No Ataque
Torcedores protestaram em frente à sede do Atlético
Torcedores protestaram em frente à sede do AtléticoFoto: Ramon Lisboa/EM/D. A Press
Torcedores protestaram em frente à sede do AtléticoFoto: Samuel Resende / No Ataque
Torcedores protestaram em frente à sede do AtléticoFoto: Samuel Resende / No Ataque
Torcedores protestaram em frente à sede do AtléticoFoto: Ramon Lisboa/EM/D. A Press
Torcedores protestaram em frente à sede do AtléticoFoto: Ramon Lisboa/EM/D. A Press
Torcedores protestaram em frente à sede do AtléticoFoto: Ramon Lisboa/EM/D. A Press
Torcedores protestaram em frente à sede do AtléticoFoto: Ramon Lisboa/EM/D. A Press
Torcedores protestaram em frente à sede do AtléticoFoto: Ramon Lisboa/EM/D. A Press
Atleticanos presentes no protesto
O No Ataque também conversou com torcedores do Atlético que estavam na manifestação em frente à sede do clube. Luciane Soares, servidora pública de 54 anos, destacou a insatisfação com o crescimento da dívida de R$ 1,3 bilhão do Atlético nos últimos anos, mesmo após a implementação da SAF, e as promessas dos donos que não foram cumpridas.
“[Estamos reunidos aqui] pela cobrança porque muito do que foi prometido, do que foi dito, não está sendo cumprido. Talvez, agora, as pessoas possam acordar e ver que não é aquela maravilha que se pintou de 2021 para cá, com os títulos, com as promessas, com os ‘quatro Hulks por ano’, que seria a melhor SAF do Brasil, uma SAF sustentável. E nós vimos o nosso patrimônio ser todo desfeito e a dívida aumentar. Eu não vejo aqui nenhum conselheiro, que votou para essa SAF existir, questionando, cobrando”, disse.
Já o advogado Carlos Júnior, de 29 anos, citou que os títulos do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil de 2021 ocorreram antes do início da SAF, que foi aprovada em 2023. Ele ainda fez questão de questionar como serão destinadas as premiações recebidas por disputar as finais da Libertadores e Copa do Brasil em 2024.
“A gente está reivindicando, há muito tempo, sobre o formato que foi adquirida a SAF, porque é a única que foi adquirida pelos próprios credores. Não tem explicação nenhuma. O próprio Conselho não deu explicação aos torcedores. Eles vêm nessa política de implementar dinheiro prometendo títulos, sendo que 2021 ainda era associação, e eles eram investidores. Hoje, eles conquistam renda a partir dos prêmios conquistados, como da Libertadores e da Copa do Brasil, e não devem investir no futebol”, afirmou.
Faixas usadas no protesto dos torcedores do Atlético
“Tomaram patrimônios e ainda desmontaram o elenco. $$$? Apenas utilizando o do clube para pagar juros do banco dos donos… Investigação já!”
“1 bilhão na Arena MRV para abafar a massa e sumir com o povão do estádio? Cadê o caldeirão? Queremos acústica e ingressos justos já!”
“Menins, Ricardo e Muzzi [CEO do Atlético], vocês não sabem nada de futebol! Entreguem o futebol nas mãos de quem entende”
“Botem a cara, 4RS! O Galo está abandonado! Coletivas mensais já!”
“Fechado com Milito. Chega de transferir responsabilidades”
Atlético na última rodada do Brasileiro
O Atlético enfrenta o Athletico-PR neste domingo (8/12), às 16h, na Arena MRV, em Belo Horizonte, pela 38ª rodada do Campeonato Brasileiro, precisando vencer para escapar do rebaixamento à Série B e garantir vaga na Copa Sul-Americana de 2025.
O Galo é o 14º colocado do Brasileirão, com 44 pontos. O Furacão está em 16º lugar, apenas um acima da zona do rebaixamento, com 42 pontos.
Em caso de empate, o Atlético também se salva, pois o Bragantino, que abre o Z4 e enfrenta o rebaixado Criciúma, só pode chegar a 44 pontos. No caso de vaga na Sul-Americana, o Galo teria de torcer por tropeço do ameaçado Fluminense (15º, com 43 pontos) contra o Palmeiras, postulante ao título (vice-líder, com 70 pontos, três a menos que o Botafogo).
Se perder para o Athletico-PR, o Atlético seria ultrapassado pelo próprio Furacão, que garantiria a permanência e passaria a torcer contra o Fluminense para ter a vaga na competição continental. Além disso, o time mineiro teria que secar o Bragantino e também o Tricolor para não ser rebaixado.