Toda batalha de grande nível exige pesquisa profunda acerca das debilidades e dos pontos fortes do adversário. Neste aspecto, os técnicos Gabriel Milito e Artur Jorge, como estudiosos do futebol, não deixam a desejar. O comandante do Atlético, inclusive, chegou a detalhar parte da estratégia que adotará para tentar superar o Botafogo na final da Copa Libertadores, neste sábado (30/11).
As declarações de Milito foram dadas em entrevista concedida no Estádio Monumental de Núñez, palco da decisão em Buenos Aires, na última sexta-feira (29/11). Como um apaixonado pelas nuances do esporte bretão, o argentino detalhou ao elenco do Galo os principais caminhos para tentar neutralizar as virtudes do oponente carioca.
“Preparamos o jogo tendo em conta o poder ofensivo que eles têm – não só jogando com espaço e no contra-ataque, mas também que são uma equipe perigosa quando têm que atacar equipes que se aproximam bem atrás, devido ao talento individual que eles têm e o posicionamento em campo que te manda para trás. Até a bola chegar ao Savarino, até a bola chegar a Almada, até a bola chegar ao Luis Henrique, ao Igor Jesus, que é o finalizador”, analisou.
“Quando a bola chega a esses jogadores, às vezes eles são tão bons que ficam incontroláveis. Mas temos clareza da estrutura e de como vamos defendê-la se estamos defendendo no nosso campo. Agora, se estamos no ataque, temos que pressionar alto porque vamos atacar e precisamos atacar. Muito importante e fundamental estar muito, muito próximo dos seus jogadores, dos possíveis recebedores da bola, porque a transição deles, quando eles estão defendendo baixo, encontra o Luiz Henrique, Almada, Savarino rapidamente”, prosseguiu.
“Finalizar todos os ataques”: Milito projeta cenário ideal para o Atlético
Ainda que seja praticamente impossível que qualquer equipe consiga finalizar em todas as subidas ao ataque, Milito reconhece a importância de ter o menor número de perdas de posse possíveis diante do Botafogo. Preocupado com o poder do adversário na transição ofensiva, o comandante alvinegro também aponta para a importância de que seus liderados “ataquem marcando” no Monumental.
“Para evitar isso (transição do Botafogo), a primeira coisa a evitar é justamente perder a bola. Tentar finalizar todos os ataques que pudermos tentar finalizar. Não ter pressa em atacar, ter clareza em nossos ataques se possível. Quando os nossos ataques forem interrompidos, temos um plano para tentar neutralizar essa perda e aquele possível contra-ataque que tem a ver com posicionamento, mas acima de tudo tem muito a ver com estar perto do adversário. ‘Enquanto eu ataco eu defendo’: é o conceito que me ensinaram quando eu era muito pequeno por ser zagueiro”, relembrou.
“Quando o time está atacando, a gente (de defesa) não olha para o ataque, olha para o possível recebedor rival e isso fica claro para nós. Se você der a eles um segundo, você lhes dará um segundo de vantagem. Eles são perigosos. Então planejamos o jogo, imaginamos o jogo: nós atacando, nos protegendo do contra-ataque deles, e nos defendendo e como geramos perigo no contra-ataque. São os dois jogos que acho que serão disputados no mesmo jogo”, encerrou.
A bola rolará para a decisão entre Atlético e Botafogo às 17h deste sábado. Multicampeão pelo Barcelona-ESP como atleta, Milito agora busca o primeiro título de expressão da carreira como treinador.
A notícia Milito detalha estratégia do Atlético para tentar superar Botafogo na Libertadores foi publicada primeiro no No Ataque por Lucas Bretas