28/11/2024
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Contra o Botafogo, Atlético revê dupla multicampeã que teve despedidas ‘opostas’

Contra o Botafogo, Atlético revê dupla multicampeã que teve despedidas ‘opostas’

Contra o Botafogo, Atlético revê dupla multicampeã que teve despedidas ‘opostas’ (Multicampeões pelo Atlético, Tchê Tchê e Savarino agora sonham com título como algozes pelo Botafogo)

O duelo entre Atlético e Botafogo na final da Libertadores marcará reencontros especiais no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires. Multicampeões pelo Galo no passado recente, o volante Tchê Tchê e o atacante Jefferson Savarino agora sonham com a conquista da “Glória Eterna” vestindo outra camisa preta e branca.

Tchê Tchê e Savarino fizeram parte de um dos grupos mais vitoriosos da história do Atlético. Juntos, conquistaram dois Campeonatos Mineiros (2021 e 2022), um Campeonato Brasileiro (2021), uma Copa do Brasil (2021) e uma Supercopa do Brasil (2022) pelo Galo.

O venezuelano chegou primeiro ao clube mineiro, em fevereiro de 2020. Na ocasião, a diretoria alvinegra desembolsou 2 milhões de dólares por 60% dos direitos econômicos do atleta junto ao Real Salt Lake-EUA.

Com boa técnica, visão de jogo e poder de finalização, Savarino caiu rapidamente nas graças da torcida do Atlético. Ao todo, o atacante contribuiu com 21 gols e 19 assistências em 99 partidas pelo Galo.

Já Tchê Tchê foi contratado pelo clube mineiro em abril de 2021, a pedido do técnico Cuca, por empréstimo junto ao São Paulo. A versatilidade no meio-campo e a boa capacidade do volante nos passes foram fundamentais para a engrenagem alvinegra naquele ano.

A passagem do jogador por Belo Horizonte teve fim em abril de 2022, quando as partes rescindiram contrato amigavelmente. Tchê Tchê deixou o Atlético após 65 jogos, tendo contribuído também com dois gols e duas assistências.

Jogadores protagonizaram saídas “opostas” do Atlético

Um intervalo inferior a um mês separou as saídas de Tchê Tchê e Savarino do Atlético. As despedidas dos atletas da Cidade do Galo, no entanto, se deram em circunstâncias significativamente diferentes.

O volante estava emprestado ao clube mineiro até maio de 2022, mas era reserva de “El Turco” Mohamed. Em abril, as partes chegaram a um acordo para rescisão antecipada e o atleta teve caminho livre para acertar com o Botafogo.

“Confesso que não sou muito bom com despedidas, mas saio muito contente daqui. Fiz parte de um grupo que foi extremamente vitorioso. Em um ano acho que são cinco troféus, né? O que posso dizer para todos é que terei uma eterna gratidão ao clube. Sempre quis vestir essa camisa e realizei esse sonho. Fui muito vitorioso aqui, e isso não pode ser apagado da minha história ou da do Galo.”

Volante Tchê Tchê em despedida do Atlético

Tchê Tchê em ação pelo Botafogo no Campeonato Brasileiro - (foto: Vitor Silva/Botafogo)

Tchê Tchê em ação pelo Botafogo no Campeonato Brasileiro(foto: Vitor Silva/Botafogo)

Semanas depois, foi a vez de Savarino se despedir. O atacante foi negociado – novamente junto ao Real Salt Lake – por 2,5 milhões de dólares.

“Obrigado a todos os torcedores do Atlético por seu amor desde o momento em que cheguei ao clube. Foram seis troféus que desfrutamos e muitos bons momentos juntos, dos quais saio feliz por ter dado tudo por este clube. Sou grato por tudo que vivi, desejo o melhor para o Atlético em geral.”

Atacante Savarino em despedida do Atlético

Savarino teve saída polêmica do Atlético

Na ocasião da saída de Savarino, parte da imprensa mineira chegou a divulgar que o atacante venezuelano teria enfrentado problemas na relação com o técnico Cuca em 2021. O Atlético publicou, inclusive, que o venezuelano teria manifestado à diretoria o interesse em deixar o clube antes do acerto com o Real Salt Lake.

Meses após a despedida, no entanto, Savarino deu sua versão dos fatos. Em entrevista à Itatiaia, o jogador destacou que o desentendimento com Cuca foi um fato isolado e ressaltou que queria ter permanecido no Galo em 2022.

“Na verdade, não brigamos muito forte. Ele me falou umas palavras, eu falei outras porque queria jogar esse jogo (contra o Fortaleza), continuar no meu ritmo. Estava voltando de lesão. Mas não foi algo muito forte. Eu agradeço tudo que o Cuca me ensinou. Aprendi muito com ele e com outros treinadores que passaram pelo Atlético. Só agradeço pelo Cuca e isso ficou no ano passado. Não foi algo para fazer muito barulho”, disse.

“Eu fiquei em paz. Triste também pela saída do Galo, mas eu estava com o coração em paz porque eu também queria ficar. Não é que eu queria sair. Por isso, fiquei tranquilo. (…) Eu sabia que o clube queria me vender desde o princípio do ano. Estávamos tomando uma decisão. Falei com meus representantes que queria ficar, mas a resposta que tivemos não foi muito boa comigo. Por isso, tomei a decisão”, completou.

Savarino, atacante do Botafogo - (foto: Vitor Silva/Botafogo)

Savarino é um dos destaques do Botafogo na temporada(foto: Vitor Silva/Botafogo)

Atlético reencontra dupla contra o Botafogo

Ainda que em diferentes medidas, Tchê Tchê e Savarino são peças importantes para o Botafogo de Artur Jorge. O volante soma 54 jogos no ano (31 como titular), tendo contribuído com um gol. Já o atacante ostenta 11 gols e 11 assistências em 50 partidas na temporada (39 como titular), sendo figura crucial para o sistema de jogo do time carioca.

Agora representando outro escudo, a dupla vai reencontrar o Atlético na decisão da Libertadores, a ser disputada no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires. A bola rolará para o compromisso decisivo pela “Glória Eterna” às 17h deste sábado (30/11).

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