Déja vu: forma de ilusão da memória que leva o indivíduo a crer já ter visto (e, por extensão, já ter vivido) alguma coisa ou situação de fato desconhecida ou nova para si. Nesta tarde de sábado (23/11), o goleiro Cássio vivenciou na pele a sensação definida pelo dicionário Oxford. E da pior forma possível.
O relógio apontava 15 minutos do primeiro tempo na Nueva Olla, em Assunção, quando o lateral-direito Gastón Martirena bateu na bola. Para cruzar ou chutar? Não se sabe. O certo é que a redonda tomou a direção do gol, encobriu Cássio e parou no fundo das redes. Festa da torcida do Racing, que abria o placar contra o Cruzeiro na finalíssima da Copa Sul-Americana.
Chateado, o goleiro celeste talvez não tenha se lembrado naquele momento que, anos antes, ele viveu uma situação muito parecida. Em 15 de maio de 2013, o meia Juan Román Riquelme avançou pela direita e, de fato, arriscou uma finalização improvável. A bola encobriu Cássio e morreu no fundo das redes – veja o lance no vídeo abaixo e compare com o gol deste sábado:
QUE PINTURA!!
Martirena chuta colocado por cima de Cássio e a bola beija a bochecha da rede para, AGORA SIM, abrir o placar na final da Sulamericana!
Assista Racing x Cruzeiro, agora, AO VIVO no #DisneyPlus. #SulAmericanaNaESPN pic.twitter.com/TLHfd1HTD0
— SportsCenter Brasil (@SportsCenterBR) November 23, 2024
O argentino Riquelme abriu o placar para o Boca Juniors naquele empate por 1 a 1 com o Corinthians de Cássio. Com o resultado em um jogo com problemas de arbitragem no Pacaembu, o time alvinegro foi eliminado nas oitavas de final da Copa Libertadores – afinal, havia perdido a partida de ida, fora de casa, por 1 a 0.
O Boca acabaria eliminado nas quartas de final daquela Libertadores para o também argentino Newell’s Old Boys. O Atlético conquistou o título.
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