Os envolvidos, em sua maioria militares de elite, planejaram golpe e atentado contra Lula, Alckmin e Moraes para impedir a posse presidencial de 2022
A Polícia Federal (PF) realizou nesta terça-feira (19) a prisão de cinco suspeitos de integrarem um grupo que planejaria um golpe de Estado e um atentado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após as eleições de 2022. A operação, denominada “Contragolpe,” foi acompanhada pelo Exército Brasileiro, com mandados sendo cumpridos no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal.
Entre os presos estão figuras com experiência militar, incluindo o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, o general reformado Mário Fernandes e os majores Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares. Os quatro primeiros fazem parte das Forças Especiais do Exército, uma unidade de elite. O grupo, denominado “kids pretos”, teria elaborado um plano minucioso chamado “Punhal Verde e Amarelo”, com o objetivo de executar os então candidatos eleitos, Lula e Geraldo Alckmin, no dia 15 de dezembro de 2022.
De acordo com a PF, o plano incluía técnicas militares avançadas e previa a criação de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise” que seria formado pelos próprios investigados para gerenciar os conflitos gerados pelo golpe. As ações, segundo as investigações, configuram crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
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