Quatro candidatos tentam nesta segunda-feira (18 de novembro) garantir lugar na lista tríplice que será enviada ao governador Romeu Zema (Novo) para definição do novo procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, cargo responsável pelo comando do Ministério Público do estado.
Os candidatos são os procuradores de justiça Carlos André Mariani Bittencourt, Geraldo Flávio Vasques, Marcos Tofani Baer Bahia e o promotor Paulo de Tarso Morais Filho. A eleição acontece de forma eletrônica, em sistema disponibilizado pelo MP das 8h às 18h. O resultado sai assim que encerrar o prazo da votação.
Participam da eleição os cerca de 1.200 promotores e procuradores da instituição. O atual ocupante do cargo é Jarbas Soares. Os três nomes mais bem votados formarão a lista tríplice a ser enviada ao governador Zema na terça-feira (19 de novembro) para escolha do novo procurador-geral do estado.
A partir do envio, o chefe do Poder Executivo estadual tem 15 dias corridos para nomear um dos três para o cargo, ocupado atualmente por Jarbas Soares Júnior. O nome a ser indicado pelo governador ocupará o posto no biênio 2025/2026 podendo ser reeleito.
O procurador-geral de justiça é o chefe do Ministério Público do estado, responsável pelo orçamento da instituição, recursos humanos e materiais. Cabe também ao ocupante do cargo investigações contra o governador do estado, presidente do Tribunal de Justiça e da Assembleia Legislativa por atos praticados no exercício do cargo.
Os concorrentes ao posto de chefe do MP estão em campanha desde setembro. Bittencourt conta com o apoio de Jarbas Soares. O candidato é o atual procurador-geral adjunto institucional. Ingressou no Ministério Público em 1990 e exerceu o cargo de procurador geral de Justiça por dois mandatos consecutivos, entre 2012 e 2016. Em vídeo divulgado para apresentar a candidatura nas redes sociais, Bittencourt ressalta o trabalho da atual gestão e o compromisso com a continuidade, sob o lema “O avanço não pode parar”.
Tofani, por sua vez, tem o apoio de Antônio Sérgio Tonet, que chefiou a instituição entre 2016 e 2020, no intervalo entre as gestões de Bittencourt e de Jarbas. O candidato, que defende a renovação na chefia do órgão, está no Ministério Público desde 1993, onde é titular da Procuradoria de Justiça de Direitos Difusos e Coletivos.
Já o promotor Paulo de Tarso – que está há 30 anos no órgão e que até pouco tempo atuava como chefe de gabinete de Jarbas – se viu sem o apoio do procurador geral em exercício, mas decidiu manter a candidatura ao cargo mais alto do Ministério Público com uma campanha baseada no discurso da inovação. Segundo informações de bastidores, ele participa da corrida com apoio político da Família Aro – grupo do secretário de Estado de Casa Civil, Marcelo Aro (PP).
Vasques, por outro lado, foi um dos últimos a se lançar na corrida pela Procuradoria Geral de Justiça do Estado. Coordenador da Procuradoria de Justiça Cível, ele buscou se colocar ao lado do atual chefe do órgão, mesmo sem ter recebido apoio oficial para a candidatura. O procurador, que está no Ministério Público desde 1991, também é próximo do empresário Josué Gomes, de quem é amigo de infância.