16/11/2024
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‘Montanha russa de emoções’ < No Ataque

Gabriel Milito, técnico do Atlético, antes de jogo contra o River Plate pela Libertadores (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

O Atlético chegou às finais de todos os mata-matas que disputou em 2024, mas paga um preço por isso: o desgaste físico e mental. Com 66 jogos na temporada, o alvinegro chega em um momento decisivo em uma “montanha russa de emoções” na visão do técnico Gabriel Milito.

O argentino fez um leve desabafo após o empate do Galo por 0 a 0 com o Flamengo na quarta-feira, no Maracanã, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Milito pontuou que gostaria de ter colocado o Atlético em uma melhor condição na Série A neste momento da temporada, mas ressaltou o fato de ter levado o time a duas finais. 

O treinador também pontuou o desgaste emocional que vivem os jogadores do Atlético. Como exemplo, ele citou o pouco tempo de descanso entre jogos decisivos, como as semifinais da Copa Libertadores e as finais da Copa do Brasil.

Por fim, Milito lamentou que não pode contar com alguns atletas em 100% de suas condições físicas. Ele também citou que torcida e imprensa desconhecem de alguns fatos internos do clube.

Leia o desabafo de Milito

“Para nós o Brasileiro tinha uma expectativa muito superior. Imaginávamos estar com muitos mais pontos do que temos atualmente. Acho que isso tem relação com ser a única equipe que vai jogar todas as partidas do ano. Não há uma outra equipe que vai jogar todos os jogos do Estadual, do Brasileiro, da Copa do Brasil e da Copa Libertadores.

Isso é muito, porque além disso, por trás de cada jogo está o desgaste físico, a preparação, mas há um desgaste emocional muito grande. São muitos jogos, e os jogadores querem ganhar, como todos. Nos vemos obrigados a fazer mudanças entre as partidas para poder chegar até a final das copas e tentar somar mais pontos no Brasileiro.

Um pouco disso é o que aconteceu o ano todo. Seguramente, se não tivéssemos mudado tanto no Brasileiro não teríamos chegado às finais. Não é só uma questão futebolística, mas por uma questão de desgaste. Não falo de desgaste físico, mas o que significa jogar com Vasco e três dias depois a semifinal com River, depois a final com o Flamengo.

Parece fácil, e todos queremos ganhar. Mas para a cabeça, são pessoas os jogadores. Isso é uma montanha russa de emoções. Agora que terminou a Copa do Brasil, hoje (quarta-feira)  jogamos depois de três dias, e contra o Athletico-PR será depois de três dias.

Agora é partida atrás de partida, e os que estiverem melhor vão jogar a final da Libertadores. Eu gostaria que o Zaracho jogasse hoje, mas não poderia porque terminou muito cansado, com fadiga muscular após o último jogo. Hulk decidiu jogar, mas estava com uma pequena lesão, Paulinho queria jogar, mas estava com uma pequena lesão.

Ao redor da equipe há muita informação que tenho e que é melhor vocês, a imprensa e o público, não conhecem, porque é algo interno, do nosso dia a dia. Mas agora sim, vamos nos preparar. O melhor que podemos fazer é competir ao máximo – como sempre – cada partida, para que isso nos faça bem na final da Libertadores.”

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