21/11/2024
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Polícia Civil de Minas Gerais expande rede de laboratórios contra lavagem de dinheiro em Ipatinga

Polícia Civil de Minas Gerais expande rede de laboratórios contra lavagem de dinheiro em Ipatinga

Em uma ação pioneira, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) se tornou a primeira instituição de polícia judiciária do país a criar a sua própria Rede Estadual de Laboratórios de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro (LAB-LD). A instituição já conta com 17 LAB-LD, incluindo a unidade avançada na capital. Um dos municípios que recebeu este tipo de equipamento foi Ipatinga.

Conforme o órgão de segurança, os laboratórios são unidades especializadas dedicadas ao tratamento de grandes volumes de informações para a repressão à lavagem de dinheiro e aos delitos relacionados. Assim, a implantação da rede da PCMG foca no bloqueio de ativos financeiros, de forma a impactar no capital ilícito de sustentação do crime organizado.

Para tanto, a instituição trabalha na capacitação dos servidores e provê as unidades com técnicas, sistemas, equipamentos e procedimentos atualizados, tornando as investigações mais qualificadas para o combate às organizações criminosas.

A ampliação da Rede LAB-LD da PCMG, coordenado pela Superintendência de Informações e Inteligência Policial (SIIP), parte da necessidade de descentralização da ferramenta, implementada inicialmente. Este processo iniciou-se em 2020. A previsão é que até 2026 Minas conte com 31 laboratórios.

Além de Ipatinga e Belo Horizonte, os laboratórios já funcionam em Contagem, Curvelo, Itajubá, Juiz de Fora, Lavras, Montes Claros, Poços de Caldas, Teófilo Otoni, Uberaba, Uberlândia e Unaí. O projeto também estará em funcionamento nas cidades de Barbacena, Divinópolis, Governador Valadares, Patos de Minas, Pedro Leopoldo, Pouso Alegre, Santa Luzia, Sete Lagoas e Vespasiano.

Investigação financeira Os relatórios gerados pelos laboratórios servem para subsidiar as apurações feitas nas delegacias, possibilitando analisar vínculos de suspeitos com valores, e, assim, no conjunto de provas, representar à Justiça por cautelares contra os alvos – busca e apreensão, bloqueio de bens, prisão, conforme o caso.

Diversas operações já foram desencadeadas pela PCMG, inclusive em conjunto com outros órgãos, visando à descapitalização de envolvidos no tráfico de drogas e em esquema de sonegação fiscal, por exemplo, que buscam dar aparência lícita – por meio de laranjas, empresas de fachada, entre outros recursos – aos bens adquiridos com dinheiro do crime.

“Nós temos plena capacidade de, a partir dos dados que temos à nossa disposição, utilizar tecnologias de última geração para tomar a decisão do ponto de partida da investigação. Podemos iniciar as grandes apurações de cima para baixo, ou seja, começando por pessoas que estão causando mais danos à sociedade, para otimizar os nossos esforços”, ressalta o coordenador da Rede LAB-LD, delegado Jonas Tomazi. (Com informações da Agência Minas)

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