A Procuradoria do STJD denunciou o Atlético pelas cenas de selvageria ocorridas na Arena MRV, no domingo (10), durante a final da Copa do Brasil, e, em função disso, solicitou a interdição imediata do estádio alvinegro e a realização de jogos do Galo como mandante em outro local e sem presença de sua torcida.
A interdição da Arena MRV seria válida até o julgamento da denúncia, que ainda não teve a data marcada.
Denunciado em dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), o Atlético está sujeito a punição de perda de até dez mandos de campo, além de pagamento de multa de até R$ 100 mil.
Ao apresentar a denúncia e pedir a imediata interdição da Arena MRV, a Procuradoria citou uma “incapacidade da organização em garantir a segurança da partida”, fato considerado grave.
A denúncia será analisada por Luis Octávio Veríssimo, presidente do STJD.
A denúncia apresentada contra o Atlético tem 17 páginas e conta com imagens das cenas de violência na Arena MRV, que tiveram seu ápice logo após o gol da vitória do Flamengo, marcado pelo atacante Gonzalo Plata.
A denúncia cita as tentativas de invasão do campo e o arremesso de bombas, sendo que uma delas atingiu o repórter fotográfico Nuremberg José Maria, de 67 anos, que sofreu três fraturas, lesão nos tendões e teve que passar por cirurgia.
A súmula da partida, com todos os incidentes detalhados pelo árbitro Raphael Clauss, também foi levada em conta para a formalização da denúncia.
Até o momento da publicação desta matéria o Atlético ainda não havia se manifestado a respeito do pedido de interdição da Arena MRV.
