21/11/2024
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Milito diz como Flamengo ‘complicou’ Atlético e qual o ajuste feito para evitar derrota < No Ataque

Gabriel Milito ressaltou o esforço do Atlético diante do Flamengo (foto: Pedro Souza/Atlético)

O Atlético viu o Flamengo dominar a partida no primeiro tempo, mas conseguiu igualar as forças na parte final da segunda etapa na partida desta quarta-feira (13/11), no Maracanã. Para isso, o técnico Gabriel Milito fez um ajuste que evitou a derrota do Galo, que saiu com empate por 0 a 0 na 33ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Em entrevista coletiva, o argentino ressaltou as alternâncias ao longo do jogo. Ele admitiu a superioridade do adversário nos 45 minutos iniciais e explicou que o posicionamento do atacante Michael foi algo fundamental para “complicar” a defesa alvinegra.

 

“Foram dois tempos muito diferentes. O primeiro com domínio muito grande do Flamengo sobre nós, que não conseguimos defender os ataques e ter a bola para gerar ataques. Tivemos situações contra, inclusive um pênalti, em que o Everson foi incrível novamente”, afirmou.

“Tivemos que mudar nossa estrutura defensiva. Imaginamos que poderíamos jogar dessa maneira, no 3-5-2, mas nos complicava muito a posição de Michael quando ia para a direita, junto com Wesley, Matheus Gonçalves. Ali eles tinham três jogadores e nós dois, o que nos custou muito”, completou.

Os ajustes de Milito

O Atlético voltou sem alterações do intervalo e até sofreu nos 15 minutos iniciais do segundo tempo. No entanto, a postura da equipe foi melhor, além da mudança tática, com Bernard e Hulk abertos e Deyverson por dentro.

“Depois, com uma estrutura para tentar controlar melhor os ataques, era a primeira coisa que tínhamos que fazer, e a partir desse controle começamos a ter ‘trocações.’ Trocamos a estrutura defensiva, que no começo era 5-2-3, no segundo tempo não poderia seguir igual. Os últimos minutos do jogo colocamos Hulk e Bernard por fora, com Deyverson controlando mais Evertton Araújo”, analisou Milito.

“Mas no segundo tempo controlamos um pouco melhor isso e começamos a criar ataques com perigos. Foi o que imaginamos no intervalo: ‘vamos defender bem porque senão não teremos chances de empatar o jogo’. E a partir disso começar a atacar com Hulk e Bernard por dentro, com Scarpa e Rubens por fora. Isso funcionou melhor no segundo tempo, por isso não se viu o domínio do primeiro tempo”, completou o treinador.

Dor pela final

Além da análise técnica e tática da partida, Milito comentou a parte mental e física do Atlético. No domingo, o alvinegro foi derrotado por 1 a 0 pelo próprio Flamengo e ficou com o vice da Copa do Brasil na Arena MRV.

Diante do revés, o treinador valorizou o empenho dos jogadores e ressaltou o cansaço ao disputar uma nova partida após três dias.

“A equipe segue fazendo um esforço muito grande. Temos que superar a dor da derrota da final, que nunca é fácil para um atleta. Eles vinham com ânimo porque ganharam uma final e nós tínhamos que nos recuperar. Há muito cansaço físico e mental e dor pela final perdida, então foi um desafio para nós esse jogo”.

O impacto do resultado

Com o empate, o Atlético chega a seis jogos sem vitórias na temporada – pior sequência desde a chegada de Gabriel Milito. O resultado deixa o alvinegro na 10ª posição, com 42 pontos – a cinco de distância do Cruzeiro, que fecha o G7.

A próxima partida do Galo será contra o Athletico-PR, neste sábado (16/11), às 18h30, na Ligga Arena, em Curitiba, em jogo atrasado da 19ª rodada.

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