Auditoria encontra problemas na gestão da UPBus e Transwolff com ligação com PCC, que estão sob intervenção e podem ter contrato cancelado
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) anunciou na última quinta-feira (07) que uma auditoria contratada pela Prefeitura de São Paulo identificou falhas de gestão e incapacidade financeira nas empresas de transporte coletivo UPBus e Transwolff, ambas sob intervenção municipal há sete meses. As duas viações estão sendo investigadas por suposto envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC), de acordo com a Operação Fim da Linha, realizada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) em abril.
O relatório de auditoria foi concluído pela Prefeitura, que notificou as empresas na última semana. Elas têm 15 dias para apresentar defesa e comprovar a viabilidade financeira para continuar operando na capital paulista; caso contrário, a administração pode solicitar a caducidade dos contratos, encerrando oficialmente o vínculo.
A SPTrans, responsável pela gestão do transporte público da cidade, assumiu o comando das operações da Transwolff e UPBus desde a intervenção, a pedido do MPSP e da Justiça Paulista. Simultaneamente, a gestão de mobilidade urbana passa por mudanças. Nesta quarta-feira (6/11), o secretário de Mobilidade e Trânsito, Celso Gonçalves Barbosa, foi exonerado por questões de saúde, sendo substituído por Cláudio Monteiro, seu adjunto.
Questionado sobre a possível extinção da SPTrans, especulada para seu próximo mandato, Nunes optou por não comentar.
Foto destaque: Reprodução