(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A. Press)
O atacante Paulinho, do Atlético, é conhecido muito pelas atuações dentro de campo, mas também pelo trabalho de conscientização fora dele, especialmente voltado à luta antirracista. Por causa disso, inclusive, ele foi citado por alguns candidatos na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), nesse domingo (3/10).
O texto tinha como tema: “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”. Em vídeo publicado pelo Instituto Paulinho, fundado pelo jogador, aparecem relatos de estudantes contando que citaram o atacante do atleticano na prova.
“Quando o Paulinho é mencionado na redação do Enem, a gente sabe que o impacto vai além dos gramados! Nosso craque não é só fera dentro de campo, mas também fora dele. Ver os alunos mencionando o nome do Paulinho e sua luta ao falarem sobre os ‘desafios para a valorização da herança africana no Brasil’ só comprova que ser ídolo é bem mais do que marcar gols, é ter personalidade e coragem para inspirar! E confirma que estamos no caminho certo”, diz a legenda da publicação no Instagram.
O que é o Instituto Paulinho?
O Instituto Paulinho atende cerca de 860 adolescentes e 38 professoras e professores na Escola Municipal José do Patrocínio, em Irajá, no Rio de Janeiro, bairro onde vivia a família do jogador.
Junto com as professoras e o corpo técnico da unidade, o Instituto está desenvolvendo uma metodologia que pretende identificar, promover e desenvolver competências que sejam úteis aos estudantes para uma melhor compreensão sobre o trabalho e para uma transformação positiva da sociedade.
“O Instituto acredita que a troca do discurso simplista do boletim vermelho, da rebeldia juvenil e da ociosidade perigosa, por um olhar criterioso sobre os potenciais das juventudes possibilitará às escolas e às organizações da sociedade civil uma atuação mais estratégica, de longo prazo e, sobretudo, conectada aos principais agentes do nosso futuro”, diz a organização.
“Atualmente, as meninas e os meninos das escolas públicas de todo o país estão sendo avaliados somente pelas notas que tiram nas matérias tradicionais. E assim, acabamos deixando de lado potencialidades que permitam a esses adolescentes serem o que eles quiserem ser. Nosso trabalho será ajudar as escolas, as professoras, nessa identificação e no que fazer com esses meninos e meninas”, conta Ana Christina, uma das responsáveis pelo Instituto.
Em Minas Gerais, o Instituto Paulinho atua em parceria com o Instituto Galo, braço social do Atlético.
