BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa nesta sexta-feira (25) de cerimônia de assinatura de um acordo de repactuação da tragédia de Mariana (MG) em 2015. Lula antecipou a volta às atividades, prevista inicialmente para a próxima segunda-feira (28), conforme informado pela primeira-dama Janja da Silva a jornalistas.
O governador Romeu Zema (Novo) confirmou que estará em Brasília para a solenidade.
Após sofrer um acidente doméstico no último sábado (19), o presidente estava despachando do Palácio da Alvorada, a residência oficial da Presidência da República.
Um dos compromissos cancelados pelo petista foi a participação no último ato de campanha de Guilherme Boulos em SP. Ele também não irá a São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, onde votaria no próximo domingo (27).
No sábado, o petista caiu no banheiro, bateu a região da nuca e precisou levar cinco pontos. Conforme o boletim médico, o acidente não foi grave e o presidente foi liberado para “exercer suas demais atividades”. O corte resultou em um sangramento na cabeça.
Na terça-feira (22), o presidente realizou novos exames de imagem, que mostraram que a situação dele é estável. Como teve uma pequena hemorragia no cérebro, ele vai passar por novos exames nesta sexta-feira para uma reavaliação.
Lula tinha uma viagem marcada para Kazan, na Rússia, para participar da Cúpula dos Brics – grupo que reúne as cinco maiores economias emergentes do mundo: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Por orientação médica, o presidente cancelou a viagem e participou do encontro apenas por videoconferência.
Entenda o acordo de repactuação de Mariana (MG)
O acordo de Mariana trata da repactuação pelos danos causados aos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo devido ao derramamento de rejeitos minerais na bacia do Rio Doce. A repactuação foi negociada entre a Vale e a BHP, os governos Lula, Zema e Renato Casagrande (PSB-ES) e os Ministérios Públicos de Minas Gerais e do Espírito Santo.
No último dia 18, as mineradoras Vale e BHP Billiton, acionistas da Samarco, soltaram um comunicado afirmando que a repactuação alcançará o valor de R$ 170 bilhões, o mais da história. De acordo com o documento, R$ 132 bilhões, ou seja, 77% do total, serão de novos recursos.
A maior parte, R$ 100 bilhões, será paga, em 20 anos, à União, MG, ES e aos 49 municípios da Bacia do Rio Doce.
