O consumo de itens individuais, como doces e bebidas, cresceu 8,7% entre as classes D e E – cuja renda mensal domiciliar é de até R$ 2,9 mil – no primeiro semestre de 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior. O crescimento é acima da média geral de 7%. Os dados são da Kantar Brasil e a pesquisa levou em conta produtos da categoria Fast-Moving Consumer Goods (FMCG) ou Bens de Consumo de Rápido Movimento), que são aqueles produtos vendidos rapidamente e a um preço relativamente baixo.
Entre as cestas que mais cresceram em vendas estão a de mercearia doce (+9%), bazar e medicamentos sem prescrição ou isentos (+6%) e bebidas (+5%). O estudo também aponta que, independentemente da classe social, o consumidor compra produtos de diferentes preços para equilibrar os gastos.
“A chave está em escolher de acordo com a categoria. Entre os itens de indulgência, como doces e refrigerantes, ganham destaque as marcas premium, enquanto opções básicas, como alimentação, são mais adquiridas em opções econômicas”, analisa a Kantar.
Um exemplo disso são as categorias D e E, que investem em itens mais elaborados em determinadas categorias, como sabonetes (+11%) e chocolates (+36,7%), ao mesmo tempo em que optam por mais acessíveis em produtos essenciais do dia a dia.
Refeições em família
A pesquisa aponta ainda que a intensificação do consumo no Brasil também impulsiona mais momentos compartilhados dentro do lar. No primeiro semestre de 2024, café da manhã (+2%) e almoço (+1,6%) foram as ocasiões que apresentaram os maiores incrementos.
“Porém, é importante ressaltar que cada público tem preferência por um tipo de alimentação. As classes A e B, por exemplo, buscam mais embutidos, refrigerantes e sorvetes. Enquanto as classes D e E dão preferência para pão industrializado, bolos prontos e biscoitos”, revela a Kantar.
