22/10/2024
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Dia do Médico: veja quais serão as especialidades mais e menos demandadas em 10 anos

Dia do Médico: veja quais serão as especialidades mais e menos demandadas em 10 anos

O 18 de outubro marca o Dia do Médico. Atualmente, o Brasil tem  575.930 médicos ativos – uma proporção de 2,81 profissionais por mil habitantes, a maior já registrada no país. Os dados fazem parte do estudo Demografia Médica divulgado em abril deste ano pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). A pesquisa também apontou que o Brasil deve ter 1,3 milhão de médicos até 2035.

Outro levantamento, desta feita da consultoria Deloitte, revelou as tendências de mercado para a área nos próximos anos. Chamado de “Os impactos da tecnologia para uma medicina que se moderniza”, o estudo publicado em 2022 consultou 228 médicos do Brasil. Confira abaixo alguns pontos de destaque da pesquisa:

Especialidades que terão maior demanda em 10 anos

  1. Geriatria
  2. Psiquiatria
  3. Oncologia clínica
  4. Psiquiatria da criança e do adolescente
  5. Medicina da família

Especialidades que terão menor demanda em 10 anos

  1. Radiologia
  2. Radiologia diagnóstica
  3. Medicina do trabalho
  4. Anatomia patológica
  5. Clínica médica

Tendências de mercado com maior impacto sobre a saúde nos próximos 5-10 anos (em %)

  • Desenvolvimento tecnológico – 55
  • Aumento das demandas e expectativas de pacientes – 42
  • Foco em prevenção e promoção da saúde/atenção primária – 40
  • Novos entrantes (Varejistas ou empresas de tecnologia) – 33
  • Mudança nos modelos de remuneração – 32
  • Avanços científicos/Novas curas para doenças – 26
  • Atendimento humanizado e personalizado – 25
  • Ampliação do escopo da prática para profissionais não médicos – 12
  • Tendências demográficas populacionais – 9
  • Mudanças regulatórias em nível federal e estadual – 6
  • Mudança no atendimento de paciente internado para outros locais de atendimento – 5

Desenvolvimentos científicos com maior impacto em seu trabalho ou especialidade (em %)

  • Descobertas em terapias celulares e genéticas/Engenharia genética – 52
  • Miniaturização de dispositivos e equipamentos médicos – 51
  • Realidade aumentada/Realidade virtual em tratamentos e em formação médica – 50
  • Nanotecnologia – 48
  • Diagnósticos domiciliares – 45
  • Nova geração de sequenciamento de DNA – 40
  • Engenharia de tecidos – 27
  • Impressão 3D – 25

O retrato médico no Brasil

Conforme a pesquisa Demografia Médica do Conselho Federal de Medicina (CFM), desde o início da década de 1990, o número de médicos no país mais que quadruplicou, passando de 131.278 para a quantidade atual, registrada em janeiro de 2024. No mesmo período, a população brasileira aumentou 42%, passando de 144 milhões para 205 milhões, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O número de médicos, portanto, aumentou oito vezes mais do que o da população em geral. Entre 1990 e 2023, a população médica registrou crescimento médio de 5% ao ano, contra aumento médio de 1% ao ano identificado na população em geral.

A maior progressão no volume de médicos ocorreu de 2022 a 2023, quando o contingente saltou de 538.095 para 572.960 – um aumento de 6,5%. Com índice de 2,8 médicos por mil habitantes, o Brasil tem hoje taxa semelhante à registrada no Canadá e supera países como os Estados Unidos, o Japão, a Coreia do Sul e o México.

Para o CFM, o crescimento foi impulsionado por fatores como a expansão do ensino médico, sobretudo nas últimas duas décadas, e pela crescente demanda por serviços de saúde.

A idade média dos médicos em atividade no Brasil é 44,6 anos. Entre os homens, a idade média é 47,4 anos. Já para as mulheres, 42 anos. Observa-se também uma diferença no tempo de formação entre os gêneros: em média, os médicos têm 21 anos de formados, enquanto as médicas têm 16 anos.

Escolas médicas

Dados da Demografia Médica mostram que, atualmente, há 389 escolas médicas espalhadas pelo país – o segundo maior número no mundo, atrás apenas da Índia. A quantidade de faculdades de medicina no Brasil quase quintuplicou desde 1990, quando o total chegava a 78. Nos últimos dez anos, a quantidade de escolas médicas criadas (190) superou o total de todo o século passado.

“O CFM vê com muita preocupação a velocidade de abertura de novas escolas médicas e do aumento das vagas em escolas já existentes. A abertura de vagas em escolas médicas é algo de interesse público e deve acontecer por necessidade social”, destacou o supervisor do estudo e conselheiro Donizetti Giamberardino.

“A preocupação do conselho hoje é que se forme médicos de boa qualidade e com princípios éticos, a fim de atender à população”, finalizou. (Com informações da Agência Brasil) 

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