Técnico do Atlético em 2019, Rodrigo Santana ainda se lamenta pela eliminação traumático para o Colón, no Mineirão, na semifinal da Copa Sul-Americana. Em entrevista exclusiva ao No Ataque, ele falou sobre um jogador poderia ter feito a diferença naquela ocasião.
“Eu falo que são flashes que passam na nossa cabeça daquele Mineirão lotado. O time deles não tinha dado dois chutes no nosso gol. O jogo estava muito controlado. Sabe quando você tem certeza que você vai passar de fase, que você vai para o final? Você tem certeza que você vai bater um título com um clube gigante. Eu estava muito confiante, cara. Quando surgiu aquele pênalti, não digo que as esperanças acabaram, porque acreditamos até o fim. Mas, às vezes vem o flash daquela lembrança do Mineirão lotado, bate uma tristeza que até hoje a gente lembra e fica chateado”, iniciou o atual técnico do Remo.
O confronto decisivo ocorreu em 26 de setembro, e o Atlético precisava reverter a derrota de 2 a 1 que havia sofrido na ida. Até o fim do segundo tempo, o alvinegro vencia por 2 a 0 e se classificava à decisão. Entretanto, aos 37 minutos, os argentinos descontaram em cobrança de pênalti. A vaga, então, foi decidida justamente nas penalidades.
Herói do Galo em disputas de pênaltis anteriores, o goleiro Victor estava lesionado e não participou do confronto. Em seu lugar, jogou Cleiton, que hoje defende o Bragantino.
“Eu lembro que na primeira fase da Sul-Americana, o Victor ainda chegou a pegar três pênaltis contra o Unión La Calera. E nesse jogo ele não estava. A gente tinha um bom goleiro, o Cleiton, que hoje defende o Bragantino. Mas a gente sabe que o ‘Vitão’ naquele momento poderia ser fundamental. Infelizmente não estávamos na melhor noite, no melhor nível de concentração para cobrar os pênaltis. Na partida fomos superiores, porém, nas penalidades, deixamos a desejar”, finalizou Rodrigo.
Na disputa por pênaltis, o Colón venceu por 4 a 3 e calou o Mineirão lotado. Na decisão, o time argentino foi derrotado pelo Independiente del Valle, por 3 a 1.
Carreira de Rodrigo Santana após deixar o Atlético
Após a saída do Galo, em outubro de 2019, o treinador rodou por Avaí, Coritiba, Confiança, RANS Nusantara (Indonésia), Vaca Díez (Bolívia) e Athletic antes de chegar ao Remo. Todos os trabalhos anteriores foram curtíssimos, com no máximo 14 jogos.
Entre uma experiência e outra, Rodrigo Santana foi contratado para ser auxiliar de Fernando Lázaro no Corinthians, mas nunca assumiu o cargo. Tudo porque havia participado de um ato antidemocrático tempos antes, o que motivou protestos da torcida alvinegra.
Somente no Remo, nesta temporada, que o treinador conseguiu ter sucesso. Após assumir o time na 17ª colocação da Série C, ele conduziu uma campanha que terminou com acesso à Segunda Divisão.
Pensa em voltar
Ao No Ataque, Rodrigo Santana revelou que tem o desejo de retornar ao Atlético: “O futuro a gente deixa nas mãos de Deus. No futuro, um dia que tiver uma oportunidade de retornar, com certeza, vai ser uma grande satisfação em receber (a proposta), e ao mesmo tempo uma prioridade. Eu acho que a minha história ali ainda não acabou, foi muito boa para aprender, para entender, pra conhecer como é que é a casa, como é que é o dia a dia, como que funciona a mente do torcedor. Quem sabe num futuro aí a gente possa voltar e conquistar títulos”.
A notícia Técnico diz que eliminação traumática do Atlético poderia ter sido evitada por ídolo foi publicada primeiro no No Ataque por Adriano Oliveira.
