25/11/2024
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Cruzeiro revê Rogério Ceni em momento de pressão do técnico no Bahia < No Ataque

Rogério Ceni em entrevista coletiva no Bahia (foto: Letícia Martins/EC Bahia)

O Cruzeiro encontrará um velho conhecido da torcida celeste diante do Bahia após a pausa do calendário nacional para compromissos da Data Fifa. A Raposa terá a missão de superar o técnico Rogério Ceni, que vive momento de maior pressão no clube tricolor. As equipes se enfrentarão em 18 de outubro (sexta-feira), às 21h30, no Mineirão, em Belo Horizonte, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. 

O time mineiro está na oitava posição, com 43 pontos, enquanto o Tricolor de Aço aparece na sétima colocação, com 45. O duelo entre os adversários poderá valer uma vaga no G6. Para que isso ocorra, o Internacional (sexto, com 46) precisa tropeçar no clássico com o Grêmio, no sábado (19/10), às 16h, no Beira-Rio, em Porto Alegre. 

Apesar da boa condição na tabela, o Bahia tem apresentado oscilações nos últimos jogos no Brasileirão. No último sábado (5/10), a equipe tricolor perdeu por 2 a 0 para o Flamengo, na Fonte Nova, em Salvador, pela 29ª rodada. O revés foi o 11º seguido para o adversário rubro-negro. 

Após o apito final, Ceni deixou o campo sob protestos, vaias e xingamentos proferidos das arquibancadas. Gritos de “burro, burro” foram ecoados por todo o estádio. Insatisfeitos com o resultado negativo, alguns tricolores chegaram a pedir a saída do treinador do clube. 

Treinador do Bahia minimiza protestos

Em entrevista coletiva concedida após a partida, Ceni minimizou as vaias e afirmou que os torcedores estão no direito de cobrar melhores resultados do time. 

“Toda derrota incomoda, machuca. Eu falo sempre que a cada jogo que você não consegue vencer o adversário, ao menos para quem gosta de vencer, é algo que incomoda. Sobre vaias, eu gostaria que o torcedor estivesse feliz e aplaudindo, mas quando a gente não consegue o resultado, independente de contra quem seja e da maneira que jogue, o torcedor paga o ingresso e é inerente ao jogo, inerente ao trabalho”.

Rogério Ceni, técnico do Bahia.

Ceni buscará a remontada contra o Cruzeiro para aliviar a pressão. Ele pode se apegar ao futebol apresentado pela equipe baiana no duelo do primeiro turno do Brasileiro, quando goleou os celestes por 4 a 1, na Fonte Nova.  

Rogério Ceni no Cruzeiro em 2019

A passagem de Rogério Ceni pelo Cruzeiro, em 2019, foi muito rápida: foram apenas oito jogos, com duas vitórias, dois empates e quatro derrotas. Apesar do aproveitamento ruim, os motivos que mais pesaram para a demissão, de acordo com o treinador, envolveram a opção dele em apostar nas categorias de base no momento de maior pressão do time na Série A.

“No Cruzeiro, me mandaram embora porque eu queria usar a base. Eu não ligo para idade, eu ligo para o que o jogador produz. Eu sou um cara que usa bastante jogadores jovens, mas essa escolha está mais atrelada à qualidade e à competência dos jogadores”, disse Ceni na apresentação como técnico do Fortaleza, em março de 2020.

Nos oito jogos comandando o clube celeste, Ceni não promoveu a estreia de nenhum atleta, mas deu oportunidade a quatro jogadores recém-promovidos à equipe principal: o zagueiro Cacá (cinco partidas, quatro como titular), o lateral-esquerdo Rafael Santos (uma partida, como titular), o volante Éderson (cinco partidas, três como titular) e o meia Maurício (duas partidas, nenhuma como titular, e um gol).

Rogério assumiu o Cruzeiro sucedendo Mano Menezes, que ficou no clube por mais de três anos – entre julho de 2016 e agosto de 2019. Entre as muitas mudanças de trabalho de um comandante para o outro, os problemas de relacionamento de alguns atletas com Ceni já haviam sido apontados como pontos determinantes na saída do técnico da Toca da Raposa.

Após a demissão do Cruzeiro, o técnico reassumiu o Fortaleza. Depois disso, passou por Flamengo e São Paulo até chegar ao Bahia, no ano passado.

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