Mesmo fora do segundo turno em São Paulo, o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) pode enfrentar uma batalha jurídica que o tornaria inelegível por oito anos. A polêmica envolve um laudo falso que associava o adversário Guilherme Boulos (PSOL) ao uso de drogas, ação que levou à abertura de uma investigação pela Polícia Federal. Especialistas em direito eleitoral acreditam que esse episódio pode resultar em ações na Justiça Eleitoral, usando a mesma base que levou à inelegibilidade de figuras como Jair Bolsonaro e Fernando Francischini.
A filha do médico que teve a assinatura falsificada entrou com uma ação pedindo a inelegibilidade de Marçal, o que pode desencadear novas ações, como a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE). Esse tipo de ação é utilizado para apurar abusos de poder político e econômico, ou uso indevido de meios de comunicação. Caso seja condenado, Marçal poderá ser impedido de disputar eleições por oito anos.
Embora Marçal tenha captado atenção durante a disputa eleitoral em São Paulo, o cientista político Creomar de Souza acredita que os passivos jurídicos podem reforçar um discurso “anti-sistema” em sua trajetória política. Contudo, o capital político do ex-candidato pode ser impactado negativamente pela inelegibilidade, o que favoreceria a hegemonia de outros nomes na direita tradicional.
Foto destaque: Reprodução/Miguel SCHINCARIOL
