24/11/2024
21:27

Cruzeiro ouve ‘olé’, é goleado pelo Palmeiras e amarga vice do Brasileiro Sub-20 < No Ataque

Jogadores da equipe sub-20 do Palmeiras comemorando gol sobre Cruzeiro na final do Campeonato Brasileiro (foto: Rafael Ribeiro/CBF)

O histórico vencedor da equipe sub-20 do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro não intimidou o Palmeiras. Sob os olhares de 23.327 torcedores no Allianz Parque, em São Paulo, os mandantes abusaram, em bom sentido, da resistência física, investiram na alta marcação, ‘sufocaram’ os mineiros e conquistaram o título do torneio nacional ao vencerem o segundo jogo da decisão por 3 a 0, nesta segunda-feira (30/9). Na primeira partida, no Independência, em Belo Horizonte, os times empataram por 2 a 2.

Com audiência qualificada de Leila Ferreira, presidente do clube, Abel Ferreira, treinador do time principal, e Vitor Reis, zagueiro da equipe profissional, o Palmeiras aumentou para três o número de taças do Campeonato Brasileiro na galeria de conquistas. Para isso, desbancou o maior campeão do torneio – o Cruzeiro tem cinco títulos.

Nos minutos iniciais da decisão, os dois times trocaram passes e marcaram presença no campo de ataque – o Cruzeiro mostrou dificuldades na finalização das jogadas. Com o passar do tempo, o Palmeiras assumiu o controle da partida e investiu na marcação alta, que, juntamente com a desatenção dos rivais, lhe rendeu dois gols praticamente seguidos ainda na primeira etapa.

No segundo tempo, os comandados pelo técnico Lucas Andrade não pensaram em recuar. Mantiveram a postura ofensiva e seguiram dando trabalho. Em uma das investidas, fizeram o terceiro gol e selaram a conquista. Os fãs no estádio deram som à bela partida com gritos de ‘olé’.

Superioridade palmeirense

Os jogadores do Palmeiras demonstraram mais confiança. Talvez por terem buscado o empate fora de casa nos minutos finais do primeiro jogo e por receberem o incentivo da torcida no Allianz Parque.

No início, os mandantes abafaram os visitantes, roubaram muitas bolas, mas falharam em termos de eficiência. Apesar da postura, foi o Cruzeiro que criou a primeira boa oportunidade. O Palmeiras não demorou para dar o troco e tirou gritos dos fãs na capital paulista pelo menos duas vezes na sequência.

Àquela altura, a principal dificuldade do Cruzeiro era criar boas condições no campo ofensivo. Várias vezes, os atletas falharam em passes cruciais na entrada da grande área. Depois, o principal e decisivo impasse se tornou a saída de bola. Não à toa o goleiro Otávio precisou mudar a estratégia – de passes curtos a chutões no tiro de meta.

Aos 26 minutos, a Raposa deixou passar a melhor oportunidade. Em contra ataque, Arthur Viana recebeu passe rasteiro por trás do defensor e saiu na cara de Deivid. Entretanto, o atacante não dominou a bola e viu o arqueiro se antecipar para segurá-la.

Pouco tempo depois, apenas cinco minutos, o popular ditado do futebol ‘quem não faz, leva’, só não virou realidade no Allianz Parque por causa de Otávio, que defendeu potente chute de Thalys e impediu o gol palmeirense. O goleiro do Cruzeiro, que também defende a Seleção Brasileira da categoria, fez importantes aparições ao longo da primeira etapa.

Aos 37 minutos, ele não alcançou. O Palmeiras gostou de jogar no campo ofensivo. Quando perdia a bola, rapidamente organizava a alta marcação para recuperá-la. Em uma dessas rápidas reações – e também pela desatenção do Cruzeiro -, abriu o placar. Benedetti deu o bote, Coutinho fez a proteção, e a bola sobrou para Luighi. Ele tocou para Allan, que estava à direita, sem marcação. O meio-campista chutou rasteiro, no canto direito do gol celeste: 1 a 0.

A Raposa não mudou a postura para tentar encontrar o empate. Pelo contrário, sentiu muito o gol. Aos 40 minutos, só não levou outro porque Luighi errou chute quase inacreditável. O Palmeiras, por sua vez, empolgou-se. Aos 43, Coutinho fez jus à pressão, subiu mais alto em cobrança de escanteio e ampliou: 2 a 0. Ainda teve tempo para Otávio impedir o terceiro.


Coutinho marcou dois dos três gols do Palmeiras. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

2º tempo

Quando o árbitro Lucas Casagrande apitou o início do segundo tempo, o Palmeiras indicou que não mudaria a conduta ofensiva. Logo no segundo minuto de jogo, Luighi cabeceou na pequena área, cara a cara com Otávio, que levou a melhor.

Na próxima finalização de cabeça do Palmeiras, o Cruzeiro não se atentou à marcação. Aos 13 minutos da segunda etapa, Coutinho movimentou-se na grande área e ficou em condições de marcar o terceiro gol da equipe paulista após cobrança de escanteio de Gilberto: 3 a 0.

O jogo ganhou episódios de tensão. Antes do gol, os atletas do Cruzeiro já haviam exigido cartão amarelo para Patrick, que estava pendurado. Depois, uma lambreta de Luighi gerou insatisfação nos visitantes.

O Palmeiras estava visivelmente satisfeito com o placar, mas não deixou de atacar. Outro lance de jogada parada causou suspiros nos cruzeirenses. Para a sorte deles, Edney cabeceou na trave. Por outro lado, nada parecia dar certo para o Cruzeiro. Jhosefer, por exemplo, desperdiçou a melhor oportunidade da etapa quando recebeu passe na pequena área e finalizou por cima da trave.

Aos 33 minutos do segundo tempo, Patrick recebeu o segundo amarelo e precisou deixar o campo. A partir de então, o Palmeiras desceu um pouco a marcação para controlar o resultado. O Cruzeiro conseguiu trocar mais passes, mas em momento algum ameaçou a soberania dos adversários. Conformado, ouviu a arquibancada do Allianz Parque gritar ‘olé’.

Jogadores da equipe sub-20 do Palmeiras comemorando gol sobre Cruzeiro na final do Campeonato Brasileiro - (foto: Rafael Ribeiro/CBF)
Superior, Palmeiras dominou o Cruzeiro e conquistou o tricampeonato do Brasileiro Sub-20. Foto: Rafael Ribeiro/CBF(foto: Rafael Ribeiro/CBF)

Palmeiras 3 x 0 Cruzeiro

Palmeiras: Deivid; Gilberto, Benedetti, Robson, Arthur Gabriel (André Lucas); Riquelme (Sorriso), Coutinho (David), Patrick e Allan Andrade (Edney); Thalys (Diogo) e Luighi (Daniel). Técnico: Lucas Andrade.

Cruzeiro: Otávio; Nicolas, Pedrão, José Janderson, Ítalo Isaac; Kauã Prates, Kaique Kenji (Rayan Lelis), Jhosefer; Arthur Viana (Rhuan Gabriel), Xavier (Henrique Silva) e Tevis. Técnico: Fernando Oliveira

  • Gols: Allan (37′ do 1ºT), Coutinho (43′ do 1ºT e 13′ do 2ºT)
  • Cartões amarelos: Patrick (26′ do 1ºT), Luighi (32′ do 2ºT)
  • Cartão vermelho: Patrick (33′ do 2ºT)
  • Motivo: Jogo de volta da final do Campeonato Brasileiro Sub-20
  • Local: Allianz Parque, São Paulo
  • Data: 30 de setembro de 2024 (segunda-feira)
  • Público: 23.327 torcedores
  • Arbitragem: Lucas Casagrande (1º árbitro, do PR), Andrey Luiz de Freitas (assistente, do PR), Denise Akemi Simoes de Oliveira (assistente, do PR) e Rodrigo Carvalhaes de Miranda (VAR, do RJ)

Confira a matéria completa em: noataque.com.br