TIMÓTEO – Wind banners, santinhos, santões e cartazes são permitidos durante a campanha eleitoral, desde que não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos. Nas rotatórias, em Timóteo, motoristas afirmam que as vezes a quantidade de Wind banners atrapalha a visão.
Desde o dia 16 de agosto quando a propaganda política nas ruas foi liberada pela Justiça Eleitoral, a ordem para muitos candidatos é aparecer. Na briga pela exposição da imagem, alguns candidatos abusam de cartazes e dos Wind banners nos canteiros e rotatórias. Mas, em muitos casos, em vez de atrair novos eleitores, o efeito acaba sendo o contrário.
A secretária de RH, Rita da Cunha, critica o uso excessivo pelos candidatos, de faixas e Wind banners. “Não gosto! Não é bonito e não interessa a ninguém. Nas rotatórias, tem mais de dez propagandas de um mesmo candidato. Um abuso”, disse a secretária que sugeriu essa reportagem.
Segundo Rita a situação é uma poluição visual para a cidade. “O que nós queremos é que a cidade esteja limpa, organizada, a gente fica caminhando por aqui e vendo esse horror. Minha filha já disse que não vota em candidato que suja a cidade”, reclama a secretária, afirmando que a atitude dos candidatos não me influencia positivamente em nada, só polui e atrapalha.
Há também aqueles indiferentes às propagandas que proliferam nas cidades. “Eu não me importo. Acho que não atrapalha. Tem uns locais permitidos, não atrapalham a circulação”, diz a estudante de direito Soraia Lopes. Ela afirma ficar incomodada é com a quantidade de papel em sua caixa de correio. Assim como Rita da Cunha, Soraia é da opinião de que mais de uma propaganda do mesmo candidato em um único local, é desrespeitoso.
Na avaliação de Soraia Lopes, existe uma intolerância não só com a campanha, mas com a política como um todo. “Não dá para demonizar a eleição porque o sistema representativo é da democracia e nós precisamos dele. Não dá para achar que tudo é errado. Normalmente, quem faz campanha de rua são os candidatos para os cargos do Legislativo, são aqueles que não tem espaço de rádio e de televisão”, pondera.
Para Soraia, entretanto, há candidatos que abusam da propaganda e “emporcalham” a cidade. A tendência, segundo ela, é que esse tipo de campanha seja abolida. “Hoje se pode fazer campanha pela internet, você tem outras formas de fazer campanha que não aquelas que vão poluir o visual. O próprio candidato tem que ter esse senso de que, muitas vezes, esse tipo de campanha faz perder e não ganhar voto”, avalia.
O JBN solicitou da Prefeitura de Timóteo uma posição respeito do assunto, mas até o fechamento desta edição não houve manifestação.
Lei eleitoral
Desde as eleições de 2006, com a aprovação da minirreforma eleitoral (Lei 11.300/06), as regras para esse tipo de propaganda começaram a mudar. Antes, era comum ver postes, paradas de ônibus e ruas lotados de propagada de políticos. Hoje, a norma proíbe práticas comuns no passado e determina, por exemplo, o tamanho dos cartazes com o nome de candidatos, os locais onde eles podem ser afixados e, até mesmo, os horários em que podem ficar expostos. Entretanto, nem sempre o que está em vigor é respeitado.
Segundo o Ministério Público Federal, é importante documentar com fotos ou levar o material irregular para fazer a denúncia já que esse material é usado como prova contra quem praticou as condutas proibidas. As denúncias podem ser feitas pela internet. Acompanhamento das denúncias e estatísticas: Pardal WEB
Canal do Ministério Público Eleitoral de Minas Gerais – para denúncias de propaganda eleitoral irregular e outras infrações eleitorais, como compra de votos, uso da máquina pública, crimes eleitorais, doações e gastos irregulares.
Denúncia
Denúncias de propaganda eleitoral irregular – canais para envio de denúncias à Justiça Eleitoral e ao Ministério Público Eleitoral
Sistema de Alertas de Desinformação Eleitoral – para o envio de conteúdos inverídicos ou descontextualizados
