Presidente do Atlético por dois mandatos entre 2008 e 2014, Alexandre Kalil disparou contra o processo que resultou na criação da SAF (Sociedade Anônima de Futebol) do clube mineiro no ano passado.
No dia 20 de julho de 2023, o Conselho Deliberativo do Atlético aprovou a transformação definitiva da gestão, que resultou na venda de 75% das ações para a Galo Holding.
O Atlético concluiu, em novembro de 2023, o processo de transformação em SAF e recebeu inicialmente um investimento multimilionário da Galo Holding, na ordem dos R$ 500 milhões. Os recursos foram utilizados majoritariamente para a quitação de dívidas.
No total, a Galo Holding adquiriu 75% das ações da SAF do Atlético por R$ 913 milhões. Desse montante, R$ 313 milhões representam a quitação da dívida do clube com os empresários Rubens Menin, Rafael Menin e Ricardo Guimarães.
Sem entrar em detalhes, Kalil criticou a forma como o Atlético se tranformou em SAF.
“O processo de SAF do Atlético é tão complicado e tão simples… Ou foi maquiavélico ou foi um despreparo total. Você pode escolher: ou foi maquiavélico ou foi um trem corrido porque nós precisavamos”, iniciou o ex-mandatário do Atlético, em entrevista publicada nesse fim de semana pelo Charla Podcast.
“Não quero discutir o Atlético porque me dói, porque me incomoda e eu não fico à vontade. Eu não converso com aqueles caras lá do Atlético, eu não gosto deles, tá certo? Não gostei do que foi feito”, ressaltou.
Alexandre Kalil no Galo
O primeiro mandato de Kalil na presidência do alvinegro se iniciou em outubro de 2008 e foi até dezembro de 2011. Após reeleição, ele deixou o poder do clube em dezembro de 2014, sendo sucedido por Daniel Nepomuceno.
O ponto alto de sua gestão foi a contratação de Ronaldinho Gaúcho, que liderou o time campeão da Libertadores em 2013.
Com Kalil na presidência, o Galo conquistou também três edições do Campeonato Mineiro (2010, 2012 e 2013), uma Recopa Sul-Americana (2014) e uma Copa do Brasil (2014).
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