21/11/2024
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Paris 2024: Brasil conquista outro ouro no judô e fica a um de novo recorde paralímpico

Paris 2024: Brasil conquista outro ouro no judô e fica a um de novo recorde paralímpico

Paris 2024: Brasil conquista outro ouro no judô e fica a um de novo recorde paralímpico (Judoca Wilians Araújo comemora ouro após vencer o moldavo Ion Basoc, na classe J1, para atletas com deficiência visual, na categoria acima de 90 kg)

Antes dos Jogos de Paris, Antonio Tenório era o único judoca brasileiro com medalhas de ouro nos Jogos Paralímpicos. Em poucos minutos, neste sábado (7/9), o país triplicou a conta na Arena Campo de Marte.

Três lutas depois da vitória de Arthur Silva, o paraibano Wilians Araújo se tornou campeão paralímpico ao bater o judoca da Moldávia, Ion Basoc, na categoria acima de 90 kg, J1.

“O moldávio é muito difícil. Eu tinha perdido para ele no mês de maio, estava 3 a 1 (a favor), agora está 4 a 1. É muito bom construir essa história”, disse.

Depois da luta, o judoca dedicou a vitória à filha Carolina, de 1 ano e sete meses. “É tudo por ela, quero que ela tenha muito orgulho do pai que ela tem, uma pessoa com deficiência que conseguiu vencer por meio do esporte.”

O ouro de Wilians Araújo foi o 21º do Brasil nos Jogos de Paris. Assim, está a uma conquista de igualar a marca de 22 ouros obtida em Tóquio 2020, a maior da história da delegação brasileira.

Ainda nessa manhã, o Brasil quebrou o recorde de medalhas em todas as participações em Jogos Paralímpicos.

A luta

Os judocas são separados em duas categorias de deficiência visual: J1 (cegos totais ou com percepção de luz) e J2 (atletas que conseguem definir imagens). Em Paris, essa é a primeira vez que a modalidade tem a divisão na classificação.

Líder do ranking, Willians Araújo entrou como favorito no combate. Com menos de um minuto de luta, conseguiu um wazari. Na própria sequência do golpe, o árbitro encerrou o duelo, anotando o ippon a favor do brasileiro. Na hora de comemorar, Araújo ergueu o rival Basoc.

Prata nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016, o judoca conviveu com uma lesão grave no ciclo seguinte e foi eliminado na primeira luta em Tóquio, em 2021.

O peso-pesado perdeu a visão aos 10 anos, em um acidente com tiro de espingarda e começou a praticar judô em 2009, após não se adaptar à natação. Essa foi a quinta medalha do judô brasileiro nas Paralimpíadas de Paris.

Antes, ganhou ouro com Arthur Silva (até 90 kg, J1), ouro com Alana Maldonado (até 70 kg, J2), prata com Brenda Freitas (até 70 kg, J1) e bronze com Rosicleide Andrade (até 48 kg, J1).

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