23/11/2024
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Presidente de associação de vítimas da Boate Kiss fala em ‘alívio e extremo cansaço’ » Portal MaisVip

Presidente de associação de vítimas da Boate Kiss fala em 'alívio e extremo cansaço' » Portal MaisVip

 O presidente da associação de vítimas da Boate Kiss afirmou que a decisão do ministro Dias Toffoli é apenas um ‘ponto e vírgula’

Nesta terça-feira (03), o presidente da associação de vítimas da Boate Kiss, Gabriel Rovadoschi, falou sobre a decisão do ministro Dias Toffoli de prender os quatro réus condenados pelo crime na casa de shows. Apesar de saber que as defesas dos acusados vão recorrer, Gabriel fala em alívio e cansaço extremo da luta dos sobreviventes e famílias das vítimas.

‘”Dos relatos dos demais familiares, a sensação é a mesma: alívio extremo, mas ao mesmo tempo extremo cansaço de toda essa jornada exaustiva. Mas vemos com bons olhos essa decisão porque, de fato, é a decisão mais esperada que aguardávamos’’, afirmou.

A decisão de Toffoli aconteceu após a análise dos recursos especiais apresentados pela defesa dos condenados, os quais considerou improcedentes. O ministro entendeu que as irregularidades alegadas pelos réus não estavam apontadas no momento processual adequado. O que, dessa forma, violou a soberania do júri popular, que havia decidido pela prisão.

O auxiliar da banda, Luciano Bonilha Leão, apresentou-se à polícia por volta da meia-noite desta terça-feira (03), em Santa mariana. O vocalista da banda, Marcelo jesus dos Santos, encontra-se preso em São Vicente do Sul.

O sócio da boate, Mauro Hoffman, entregou-se em uma delegacia de Polícia de Canoas, região metropolitana da capital do Rio Grande do Sul. Por fim, Elissandro Spohr, o Kiko, se apresentou ainda na noite da última segunda-feira (02) e está sob custódia em Porto Alegre.

Final da história da Boate Kiss

Apesar das prisões, Rovadoschi não acredita que este seja o final da história: ‘’Acho que é um ‘ponto e vírgula’, pois entendemos que a luta por justiça não se encerra com esse desfecho do ministro”, disse. “Iremos ainda acompanhar de perto esse processo, que agora retorna para o Rio Grande do Sul, e tem todo o pleito da redução das penas que as defesas dos réus vão apresentar”, acrescentou.

Ele afirma que, enquanto um processo acontece no Brasil, outro também está se desenrolando na Corte Interamericana de Direitos Humanos. Desta vez, para responsabilizar o Estado brasileiro pela tragédia em 27 de janeiro de 2013, que teve 242 mortos e mais de 600 feridos. “Essa história significa a possibilidade de a gente ter uma luta mais digna, para que não se repita”, finaliza.

Foto destaque: Reprodução

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