25/11/2024
09:23

Fumaça de queimadas causam grande risco à saúde; entenda » Portal MaisVip

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A fumaça de queimadas acendeu um alerta máximo em algumas cidades no país

No último domingo (25), o número de cidades em alerta para queimadas no estado de São Paulo chegou a 48. Estes dados foram disponibilizados pelo Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Defesa Civil de São Paulo. Há alguns quilômetros, no Distrito Federal, a realidade também não foi diferente, foram 203 ocorrências desse sentido registradas no último fim de semana.

Entretanto, além dos impactos no ambiente, a fumaça de queimadas traz grande prejuízos à saúde das pessoas que estão nas cidades e regiões próximas às ocorrências.

De acordo com ELie Fiss, pneumologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, essa fumaça, proveniente das queimadas, contém micropartículas de dióxido de enxofre, monóxido de carbono e ozônio. Estas substâncias são prejudiciais aos pulmões e podem causar inflamações no órgão.

“É uma inflamação aguda, mas também pode ocorrer uma pneumonia de hipersensibilidade, que acontece quando a inalação da fumaça é recorrente”, explica à CNN. “A queima da cana, por exemplo, pode causar impactos semelhantes à poluição em uma cidade grande como São Paulo, como bronquite”, acrescenta.

Ele explica que, pessoas que tiveram contato próximo com essa fumaça, podem sentir falta de ar, chiato no peito, tosse seca e com secreção. “Provavelmente, nas regiões mais próximas dos focos das queimadas, a tendência é ter um pico de aumento de até 20% de procura por atendimento médico em 48 horas, devido aos sintomas respiratórios”, afirma Fiss.

O especialista esclarece que pode acontecer do paciente desenvolver pneumonia e, por isso, deve-se realizar a internação hospitalar imediata.

Olhos podem sofrer com fumaça de queimadas

Essas substâncias e partículas provenientes da fumaça também causam prejuízos aos olhos. O oftalmologista do Hospital Nove de Julho, Alexandre Costa, explicou que essas partículas podem causar irritação aos olhos.

“Essas substâncias podem entrar em contato com o olho e causar irritação, vermelhidão, sensação de areia, lacrimejamento, e, até mesmo, causar algum tipo de arranhadura na córnea, no caso de partículas de fuligem que entram em contato com o olho”, explica.

Entre os principais sintomas, estão ardência, olhos vermelhos, sensação de olhos secos, embaçamento visual e dor nos olhos.

“Se houver muita dor e embaçamento visual, é importante consultar um oftalmologista. Se ocorrer apenas sintomas irritativos, o ideal é lavar bem os olhos usando soro fisiológico e um colírio lubrificante, conhecido como lágrima artificial”, orienta o especialista.

Como se proteger destes riscos?

O Ministério da Saúde publicou um comunicado informando orientações e recomendações para evitar esta exposição à fumaça intensa.

  • Aumente a ingestão de água e líquidos para ajudar a manter as membranas respiratórias úmidas e protegidas;
  • Permaneça em ambientes fechados, evitando a exposição à fumaça. Se possível, mantenha portas e janelas fechadas, e utilize ar-condicionado e purificadores de ar;
  • Evite atividades físicas nos horários de maior concentração de poluentes, geralmente entre 12h e 16h;
  • Utilize máscaras N95, PFF2 ou P100, que são eficazes para reduzir a inalação de partículas finas. Lenços, panos ou bandanas podem ajudar a diminuir a exposição às partículas maiores presentes na fumaça;
  • Crianças menores de 5 anos, idosos acima de 60 anos e gestantes devem seguir essas recomendações com atenção redobrada.

Foto destaque: Reprodução/Vincent Bosson

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