O vereador cometeu crimes que infringem artigo, pelo menos, 76 vezes
Nesta semana, o Ministério Público de Minas Gerais realizou a denúncia do vereador de Ipatinga, Fernando Ratzke (Rede Sustentabilidade), por promover ‘rachadinhas’ em seu gabinete.
De acordo com o MP, o vereador exigiu vantagens incoerentes para a “manutenção do mandato” de ex-assessores que, na época, trabalhavam com ele.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) iniciou as investigações após o recebimento de denúncias anônimas. Dessa forma, os agentes teriam encontrado elementos que indicam o acontecimento de rachadinhas no gabinete do vereador de Ipatinga.
A denúncia afirma que Ratzke pediu à sete ex-assessores que financiassem, com os próprios recursos, “despesas com o uso de veículos particulares e combustível, manutenção dos automóveis, serviço de transporte, compra de ração animal, Pet Shop, cuidados com a saúde animal, além da aquisição de uma caixa de som e quantia mensal em espécie, em prol do parlamentar”.
De acordo com o MP, o vereador cometeu crimes que infringissem o artigo 316 do Código Penal, pelo menos, 76 vezes, com o agravante de “abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão”.
“O Ministério Público requer o recebimento da presente denúncia, determinando-se a sua citação e intimação das testemunhas abaixo arroladas, para, ao final, ser condenado nas penas que lhe couberem, assim como a reparar os danos causados pela prática delitiva (art. 387, CPP) e decretada a perda, como produto ou proveito do crime, dos bens correspondentes à diferença entre o valor do patrimônio do condenado e aquele que seja compatível com os seus rendimentos lícitos (art. 91-A, CP”, requereu o MP à Justiça.
Foto destaque: Reprodução/Matheus Luan