O Brasil tentará surpreender em alguma modalidade pouco conhecida do público para superar o recorde de medalhas na Olimpíada. Em Tóquio 2020, o time brasileiro fechou a participação com 21 pódios – sete de ouro, seis de prata e oito de bronze –, na 12ª posição entre todos os países. Em Paris, são 15 conquistas até o momento – duas de ouro, cinco de prata e oito de bronze –, que conferem o 18º lugar no ranking.
A equipe verde-amarela chegará no mínimo a 17 medalhas, pois está nas finais do futebol feminino – enfrenta os Estados Unidos, às 12h (de Brasília) deste sábado (10/8) – e do vôlei de praia – Ana Patrícia e Duda medem forças com as canadenses Brandie Wilkerson e Melissa Humana-Paredes, nesta sexta-feira (9), às 17h30.
No vôlei feminino, a Seleção Brasileira tem chance de ser bronze no duelo com a Turquia, às 12h15 de sábado. A equipe dirigida por Zé Roberto Guimarães terá de se recuperar psicologicamente após o revés para os Estados Unidos na semifinal (3 sets a 2 – 23/25, 25/18, 15/25, 25/23 e 11/15). Havia grande expectativa para o ouro, pois as meninas venceram as três partidas da fase de grupos (Quênia, Polônia e Japão) e o confronto com a República Dominicana sem perder nenhum set.
Outras modalidades podem fazer o país ascender na classificação, casos da canoagem, com Isaquias Queiroz na categoria C1 1000, e Alison dos Santos, o Piu, nos 400 metros com barreiras do atletismo. Os dois vêm de medalhas olímpicas em Tóquio 2020: o canoísta ganhou o ouro, e o velocista ficou com o bronze.
Se o final for feliz em vôlei, canoagem e atletismo, o Brasil chegaria a 20 medalhas em Paris e ultrapassaria as 19 obtidas no Rio de Janeiro, em 2016. A delegação, então, teria de buscar duas conquistas em esportes “menos badalados”, no sentido de terminar acima das 21 condecorações nos Jogos de Tóquio.
Na ginástica rítmica, o Brasil estará na final individual, com Bárbara Domingos, e por equipes. No taekwondo, Caroline Santos, a Juma, já foi vice-campeã mundial e tentará subir ao pódio olímpico nesta sexta-feira.
Medalhas que ‘escaparam’
O Brasil poderia estar mais bem posicionado na classificação, porém algumas medalhas “escaparam”. Na maratona aquática, Ana Marcela Cunha, ouro em Tóquio 2020, chegou em 4º lugar. No tênis de mesa, Hugo Calderano, número 3 do ranking mundial, perdeu a semifinal para o sueco Truls Moregard, “zebra” do torneio. Na ginástica, a campeã do solo Rebeca Andrade amargou a 4ª posição na prova da trave.
O vôlei masculino – tanto o de quadra quanto do de praia – decepcionou. Com duas medalhas de ouro e duas de prata no histórico, a Seleção Brasileira caiu nas quartas de final para os Estados Unidos depois de uma classificação sofrida na primeira fase. Na areia, Evandro e Arthur nem sequer tiveram a chance de brigar pelo bronze, pois perderam nas quartas para os suecos David Ahman e Jonatan Hellvig.
As medalhas do Brasil em Paris 2024
Ouro (2) 
- Beatriz Souza | Judô | +78kg
- Rebeca Andrade | Ginástica Artística | Solo feminino
Prata (5) 
- Caio Bonfim | Atletismo | Marcha Atlética 20 km
- Willian Lima | Judô | -66kg
- Rebeca Andrade | Ginástica artística | Individual geral
- Rebeca Andrade | Ginástica artística | Salto
- Tatiana Weston-Webb | Surfe
Bronze (8) 
- Larissa Pimenta | Judô | -52kg
- Rayssa Leal | Skate Street
- Brasil | Ginástica Artística | Disputa por equipes – Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Júlia Soares e Lorrane Oliveira
- Brasil | Judô | Equipes mistas – Beatriz Souza, Rafaela Silva, Larissa Pimenta, Ketleyn Quadros, Daniel Cargnin, Rafael Macedo, Léo Gonçalves, Guilherme Schimidt, Rafael Silva e Willian Lima
- Bia Ferreira | Boxe | 60kg
- Gabriel Medina | Surfe
- Augusto Akio | Skate Park
- Edival Pontes “Netinho”| Taekwondo | -68kg
A notícia Do que o Brasil precisa para superar seu recorde de medalhas em Olimpíadas? foi publicada primeiro no No Ataque por Rafael Arruda.
