21/11/2024
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Com Alta Do Dólar E Dos Gastos Públicos, BC Avalia Subir Juros

Com Alta Do Dólar E Dos Gastos Públicos, BC Avalia Subir Juros

O Banco Central (BC) está preocupado com a alta do dólar e o aumento dos gastos públicos, o que pode impactar a inflação. Em resposta, o BC declarou que pode aumentar a taxa de juros para controlar a inflação. Na última semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a Selic em 10,5% ao ano, após sete reduções consecutivas. A próxima reunião será em setembro.

O Copom destacou a necessidade de cautela e vigilância nas decisões futuras sobre a inflação, ponderando entre manter a taxa de juros por mais tempo ou aumentá-la para atingir a meta inflacionária de 3% até 2026. A inflação de junho foi de 0,21%, acumulando 4,23% em 12 meses, acima da meta do BC de 3% para este ano. As expectativas para 2024 e 2025 estão em torno de 4%.

O BC debateu recentemente a influência das expectativas de inflação e a taxa de câmbio, observando que mudanças persistentes nesses fatores podem ter impactos inflacionários significativos. A sustentabilidade fiscal e a percepção dos gastos públicos também foram pontos importantes discutidos, com ênfase na necessidade de uma política fiscal crível para ancorar as expectativas de inflação.

O cenário internacional adverso, com ciclos desiguais de queda de juros em países avançados e fluxos globais de capital, aumenta a volatilidade do mercado e pressiona a taxa de câmbio nos países emergentes. Mesmo assim, a política monetária brasileira não está diretamente atrelada à política dos EUA, mas sim aos impactos dessas variáveis sobre a inflação interna.

A Selic é o principal instrumento do BC para controlar a inflação. De março de 2021 a agosto de 2022, a Selic subiu 12 vezes seguidas, chegando a 13,75% ao ano, sendo mantida nesse patamar até agosto de 2023. Com o controle dos preços, o BC iniciou uma série de sete cortes, reduzindo a taxa para 10,5% ao ano em maio de 2024. Antes desse ciclo de alta, a Selic estava em seu nível mais baixo histórico, de 2% ao ano, para estimular a economia durante a pandemia.

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