Não são apenas os torcedores e a imprensa que elogiam o trabalho de Fernando Seabra – os jogadores também fazem questão de exaltar em público o trabalho do técnico do Cruzeiro. É o caso de William, que viu sua performance ser potencializada nas mãos do ‘professor’, como ele mesmo intitula.
“O Seabra é um cara único, que nos ajuda e nos ensina de uma forma, tanto que chamamos ele de professor. Ele é um cara muito inteligente, tem nos ensinado muita coisa e batalhou para estar onde está”, disse o lateral-direito em entrevista coletiva na Toca da Raposa 2.
Apesar de ainda ser um profissional promissor, com 47 anos, o camisa 12 afirmou que o comandante possui respeito total do elenco celeste. “Ele é respeitado por todos os jogadores do grupo. Tudo que ele pede a gente faz. Estamos felizes com o professor que temos”, completo.
Além disso, conforme o atleta, um dos principais do time, Seabra tem um jeito único na relação com os seus subordinados. “Ele é o nosso amigão. É muito engraçado, está sempre brincando com os jogadores e dá muita abertura para os jogadores conversarem, perguntarem o que estão fazendo de bom ou ruim. Ele tem prazer de vir trabalhar”, falou.
Histórico
Fernando Seabra foi mantido no cargo com a troca da diretoria. Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro
Seabra chegou ao Cruzeiro no início de 2022, assumindo o elenco sub-20 após a Copinha. Durante dois anos, realizou um considerado bom trabalho, ao revelar talentos e conquistar os títulos da Copa do Brasil e do Campeonato Mineiro da categoria.
Em setembro de 2022, recebeu sua primeira oportunidade no time profissional. Após a demissão de Pepa, a diretoria teve dificuldades para encontrar um substituto, e acabou escolhendo Seabra para ser o treinador no embate com o Red Bull Bragantino, terminado sem gols.
Depois, ele retornou à base, mas seria acionado novamente cerca de dois meses depois. Com a saída de Zé Ricardo, ele foi o escolhido para assumir o time na reta final do Brasileirão ao lado do então diretor técnico Paulo Autuori – juntos, salvaram o Cruzeiro de um novo rebaixamento.
Em janeiro, o paulista levou os Crias da Toca à final da Copinha, numa campanha histórica. Em seguida, decidiu ir para o Bragantino, onde era o líder do time II do clube paulista.
Com a demissão do argentino Nicolás Larcamón, ocorrida após a perda do título mineiro para o Atlético no Mineirão, Fernando Seabra aceitou o convite para retornar à Raposa, agora, como técnico principal. Nesse período, além das turbulências vividas em campo, como na saída do goleiro e capitão Rafael Cabral, o técnico ainda presenciou uma grande mudança na gestão da SAF, que passou das mãos de Ronaldo Nazário para Pedro Lourenço.