André Fontenelle – Hugo Calderano está muito perto de uma medalha inédita para o Brasil. O carioca, cabeça-de-chave número 4 do torneio olímpico no tênis de mesa, derrotou o sul-coreano Jang Woo-jin, número 8, por quatro sets a zero (11/4, 11/7, 11/5 e 11/6) pelas quartas de final.
“É bem perto, mas ao mesmo tempo longe”, disse Calderano, referindo-se a estar entre os quatro que vão disputar três medalhas. “Tenho duas chances, se a gente for pensar em medalha, para ganhar um jogo e conseguir uma. Mas os adversários ao mesmo tempo são fortíssimos. Para mim o mais importante é me manter presente, focar no que eu tenho feito, em jogar o meu tênis de mesa, o que eu tenho feito muito bem também. Estou jogando em um nível muito alto.”
Com o atropelo, Calderano confirma a melhor campanha de um brasileiro em Olimpíadas. A marca anterior era dele mesmo, que atingiu as oitavas de final no Rio-2016 e as quartas em Tóquio-2020, edição disputada em 2021 devido à pandemia de Covid-19.
Na semifinal, nesta sexta (2), o carioca enfrentará o vencedor da partida entre o sueco Truls Möregardh e o egípcio Omar Assar, jogo previsto para as 21h locais (16h de Brasília) desta quinta (1). O brasileiro entra com certo favoritismo, pois os dois são, respectivamente, cabeças de chave números 19 e 16.
Porém, Möregardh ganhou todos os holofotes em Paris ao eliminar na segunda rodada o número um do mundo e grande favorito, Wang Chuqin, da China.
“O sueco e o egípcio são dois jogadores muito fortes, com estilos de jogo bem diferentes”, avaliou Calderano. “É claro que o chinês era o favorito. Acabou perdendo e abriu bastante esse lado da chave. Acho que eles vão ter um jogo bem disputado, e com certeza não vai ser diferente para mim.”
Atual tricampeão pan-americano, Calderano venceu com grande facilidade. Nos três primeiros sets, em apenas um momento o sul-coreano chegou a liderar a contagem, por 3/2. A medida que o brasileiro ampliava a vantagem, aumentava visivelmente a frustração do adversário. O quarto set foi um pouco mais equilibrado, mas Calderano manteve a liderança a maior parte do tempo.
“Sempre consegui começar com a iniciativa, consegui impor meu jogo e não deixei ele impor o dele, que é ser bem agressivo, usar muito o forehand. Consegui neutralizar muito os golpes dele, e ali é onde eu sou mais forte”, analisou.
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