Ao menos 11 civis morreram nos protestos que eclodiram em Caracas e em outras cidades da Venezuela contra a reeleição do presidente chavista Nicolás Maduro, informaram nesta terça-feira (30) quatro organizações de defesa dos direitos humanos.
“Há onze pessoas mortas nestes protestos. Cinco dessas pessoas [foram] assassinadas em Caracas. Preocupa-nos o uso de armas de fogo nessas manifestações”, declarou Alfredo Romero, diretor da ONG Foro Penal Venezolano, ao detalhar que há dois menores de idade entre os mortos.
Também nesta terça, o opositor Edmundo González Urrutia, que garante ter vencido as eleições presidenciais da Venezuela, se manifestou pedindo aos militares que não reprimam “o povo”.
“Senhores da Força Armada: não há razão alguma para reprimir o povo de Venezuela, não há razão alguma para tanta perseguição”, disse González Urrutia em uma concentração de seus apoiadores nesta terça em Caracas, capital da Venezuela.
Além do opositor de Maduro, a Casa Branca também se manifestou hoje afirmando que a repressão aos manifestantes na Venezuela é “inaceitável”. “Qualquer repressão política ou violência contra manifestantes ou opositores é obviamente inaceitável”, disse a secretária de imprensa da presidência dos Estados Unidos, Karine Jean-Pierre, aos jornalistas quando questionada sobre as manifestações.
Do lado do regime, o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, disse na noite de segunda-feira (29) que 23 soldados das Forças Armadas foram feridos em confronto com manifestantes.
(AFP e Folhapress)