Alguns países publicaram seus posicionamentos sobre a vitória de Maduro
Após o anúncio da vitória de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais nos Estados Unidos no último domingo (28), alguns países se pronunciaram. Nesse sentido, apenas alguns aliados expressaram apoio irrestrito ao presidente reeleito.
Isso acontece porque, de acordo com pesquisas prévias, existia um favoritismo do candidato Edmundo González Urrutia, da oposição.
De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE), Maduro ficou sete pontos à frente de González (51,2% contra 44,2%). A vitória do ditador foi anunciada antes mesmo da contagem total dos votos.
Confira o pronunciamento de alguns países sobre a vitória de Maduro
Brasil
Através de uma nota, o Itamaraty pediu por uma “verificação imparcial dos resultados” e também pela “a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral de dados desagregados por mesa de votação” para que o processo eleitoral tenha “transparência, credibilidade e legitimidade”.
Estados Unidos
Antony Blinken, chefe da diplomacia dos Estados Unidos, demonstrou uma certa preocupação em relação à vitória de Maduro. Ele deixou implícito que o resultado não reflete a vontade do povo. Além disso, pediu a apuração “justa e transparente” dos votos.
“Agora que a votação foi concluída, é de vital importância que cada voto seja contado de forma justa e transparente. Pedimos às autoridades eleitorais que publiquem a contagem detalhada dos votos (atas) para garantir a transparência e prestação de contas”, disse.
Colômbia
Luis Gilberto Murillo, chanceler da Colômbia, pediu pela “contagem total dos votos, sua verificação e auditoria de caráter independente” para “eliminar qualquer dúvida sobre os resultados”.
França
Nesta segunda-feira (29), o Ministério das Relações Exteriores da França publicaram um pedido pela publicação da contagem de votos.
“Só a total transparência do processo eleitoral pode garantir a sinceridade do voto e o respeito pela vontade dos eleitores”.
Espanha
O ministro espanhol das Relações Exteriores, José Manuel Albares, pediu ao país que garanta “total transparência” na contagem dos votos, a “publicação das atas” e que “a calma e a civilidade sejam mantidas”.
Argentina
Atrvés das redes sociais, o atual presidente da Argentina, Javier Milei, publicou “DITADOR MADURO, FORA!!!”, pouco antes da divulgação dos resultados.
“Os dados anunciam uma vitória esmagadora da oposição e o mundo aguarda que reconheça a derrota após anos de socialismo, miséria, decadência e morte”, acrescentou. “A Argentina não vai reconhecer outra fraude e espera que desta vez as Forças Armadas defendam a democracia e a vontade popular”.
Chile
Gabriel Boric, presidente chileno, publicou que os resultados divulgados não são críveis e, ainda, exigiu “total transparência das atas e do processo”, e que observadores internacionais não comprometidos com o governo confirmem a veracidade dos resultados”.
“Do Chile não reconheceremos nenhum resultado que não seja verificável”, acrescentou.
Peru
O chanceler peruano, Javier González-Olaechea afirmou que convocará o embaixador do Peru na Venezuela para a consulta real dos resultados diante dos “graves anúncios oficiais das autoridades eleitorais venezuelanas”.
Equador
O presidente do Equador, Daniel Noboa, propôs uma reunião do Conselho Permanente da OEA para discutir a “delicada situação que vive a Venezuela”. “Em toda a região há políticos que tentam agarrar-se ao poder e que buscam tirar a paz” dos cidadãos, acrescentou, alertando para o “perigo da ditadura”.
Panamá
“Aspirávamos que a vontade popular fosse respeitada e essa situação foi desconhecida”, afirmou o presidente José Raúl Mulino, através do X, que se colocou entre a “rejeição geral”.
Uruguai
Para o presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, “não se pode reconhecer um triunfo se não se confia na forma e nos mecanismos utilizados para chegar nele”.
Guatemala
Através do X, o presidente Bernardo Arévalo, da Guatemala, afirma ter recebido os resultados com muitas dúvidas. “A Venezuela merece resultados transparentes, precisos e que correspondam à vontade do seu povo”, escreveu.
Itália
“Tenho muitas dúvidas sobre o desenvolvimento regular das eleições na Venezuela”, afirmou o chanceler italiano, Antonio Tajani, que exigiu “resultados que possam ser verificados”.
China
A China, que mantém fortes vínculos com a Venezuela, felicitou Maduro e afirmou que está “disposta a enriquecer a associação estratégica” com o país latino-americano, informou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.
Rússia
Vladimir Putin também enviou suas felicitações à Nicolás Maduro.
Cuba
“Hoje triunfou a dignidade e o valor do povo venezuelano sobre pressões e manipulações”, escreveu o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, na rede X.
Nicarágua
A Maduro “nossa homenagem e saudação, em honra, glória e por mais vitórias”, afirmou o presidente Daniel Ortega.
Bolívia
O presidente da Bolívia, Luiz Arce, ressaltou que “a vontade do povo venezuelano tenha sido respeitada nas urnas”.
Honduras
A presidente de Honduras, Xiomara Castro, felicitou Maduro por “seu triunfo inquestionável, que reafirma sua soberania e o legado histórico do comandante” Hugo Chávez, o falecido presidente que escolheu Nicolás Maduro como sucessor.
Foto destaque: Reprodução/Internet
